Você sabia que, nem sempre, as bactérias são vilãs? Por exemplo, em nossa microbiota intestinal, existem várias delas que são positivas. Quando surge um desequilíbrio entre as que fazem bem e as que fazem mal, surge também ela: a disbiose.
A microbiota intestinal é composta por vários microrganismos. Existem aqueles que fazem bem para nosso corpo, e também aqueles que fazem mal. Essas bactérias costumam viver em harmonia, só que as vezes há alguns desiquilíbrios.
Para saber mais sobre esse problema, que não é considerado uma doença, vem com a gente!
O que causa a disbiose?
Várias são as razões que podem causar esse desequilíbrio. Em mais da metade dos casos, a má alimentação é o principal motivo. Alguns nutrientes, se consumidos em excesso, podem prejudicar a microbiota intestinal. São eles:
- Açúcar simples
- Carboidratos refinados
- Gorduras
- Gorduras saturadas
- Proteínas
Se a alta ingestão de alguns nutrientes prejudica a microbiota, a baixa também não fica atrás. Outro provável motivo para o desequilíbrio é comer poucas fibras.
Alimentos com agrotóxicos também podem prejudicar o equilíbrio de nossas bactérias intestinais.
Pacientes que fazem um uso muito frequente de medicamentos para a acidez estomacal ou de antibióticos também podem sofrer com a disbiose. Estresse e poluição, combo comum nas cidades grandes, também podem causar o desequilíbrio.
Apesar de estimativas apontarem que esse é o motivo por trás de apenas 12% dos casos, fatores genéticos não devem ser desconsiderados.
Quais os sintomas?
Dentre os principais indícios de que o equilíbrio de sua microbiota intestinal está prejudicado estão:
- Alergias
- Azia
- Candidíase por repetição
- Cansaço
- Diarreia
- Distensão abdominal
- Distúrbios de humor
- Dor de cabeça
- Dores abdominais
- Gases
- Náuseas
- Prisão de ventre
- Queda de cabelo
- Unhas mais fracas
- Vômitos
Caso esse quadro não seja tratado, ele pode aumentar as chances de desenvolver consequências mais graves como:
- Alzheimer
- Artrite
- Câncer no reto
- Diabetes tipo 2
- Doença celíaca
- Intolerância à lactose
- Lúpus
- Problemas cardíacos
- Síndrome do intestino irritável
Como é feito o diagnóstico?
O profissional da saúde irá analisar diversas coisas para chegar ao diagnóstico, como exame físico, histórico, sinais e sintomas. Mesmo assim, alguns exames podem ser solicitados.
Os mais comuns são o Indican (presença de Indican na urina), microbioma intestinal (teste genético das bactérias presentes no intestino) e prova do hidrogênio expirado (analisa possíveis gazes produzidos pelas bactérias).
Para identificar a disbiose, o médico pode pedir também, em alguns casos, a biópsia do intestino.
Como manter uma microbiota saudável?
Para proteger seu intestino da disbiose, a maneira mais fácil é manter uma dieta saudável. Existem, inclusive, alguns alimentos conhecidos por ajudar a população de bactérias boas em nosso organismo.
Iogurte, kefir e leite fermentado, por exemplo, não podem faltar na sua alimentação. Fibras, frutas, grãos, legumes e vegetais também devem bater cartão nas suas refeições.
E não se esqueça de se manter hidratado.
Com o acompanhamento de um médico gastroenterologista ou de um nutricionista, você pode combater a disbiose também com o uso de suplementos de probióticos.
Pacientes com infecções intestinais muito frequentes podem ser submetidos ao transplante fecal. O procedimento é uma doação de uma flora intestinal saudável para um paciente que sofre com o desequilíbrio.