A farmacêutica britânica GSK sinalizou que aceita pagar até US$ 2,2 bilhões (R$ 12,3 bilhões) para encerrar processos sobre o Zantac, medicamento para refluxo. O fármaco conta com mais de 80 mil pendências na justiça americana por uma suposta contaminação de um suspeito cancerígeno. As informações são do portal InfoMoney.
Os reclamantes afirmam que a farmacêutica utilizou o ingrediente ranitidina na produção do Zantac com a ciência de sua transformação em um potencial cancerígeno NDMA quando submetido a determinadas condições. Em 2020, a FDA solicitou que as farmacêuticas retirassem do mercado todos os remédios que contavam com a substância em sua formulação.
Processos sobre o Zantac impactaram as ações da GSK
O polêmico caso do Zantac tem se arrastado por anos, afetando o valor das ações da GSK, e de outras farmacêuticas, a cada nova movimentação. Quando os primeiros processos contra a companhia foram protocolados, há mais de dois anos, o valor da GSK na bolsa iniciou uma queda livre, até uma primeira vitória na justiça.
Mais de um ano depois, em 2022, 70 mil novas ações judiciais contra o Zantac foram aceitas por cortes americanas, impulsionando uma queda que resultou em perdas de mais de R$ 46 bilhões para o laboratório.
No capítulo mais recente, quando a empresa sinalizou o pagamento das indenizações, a bolsa reagiu positivamente, registrando um crescimento de 9,9% no valor das ações.
“A GSK acredita firmemente que esses acordos são do melhor interesse de longo prazo da empresa e de seus acionistas, pois removem incertezas financeiras significativas, riscos e distrações associadas a litígios prolongados”, afirma a empresa em nota. “Resolver os casos não é uma admissão de responsabilidade”, complementa.