Em entrevista para a revista Forbes, o fundador da 4Bio, André Kina, fala sobre suas estratégias para o futuro, após a venda da companhia para a RD-RaiaDrogasil. A rede varejista detém atualmente 85% da empresa e anunciou que vai exercer a opção de compra dos 15% restantes.
Fundada em 2005, a 4Bio é uma empresa do segmento de medicamentos especiais. Hoje, ela representa 8% da receita bruta total da RaiaDrogasil, que adquiriu 55% da startup em 2015 por R$ 24 milhões. Em apenas oito anos, a companhia saiu de um faturamento de R$ 120 milhões para R$ 3 bilhões.
Em 2020, a RD comprou mais 30% do negócio, e o acordo previa que os 15% restantes poderiam ser exercidos a partir de janeiro de 2024. Internamente, a empresa é reconhecida como o “unicórnio” da rede de farmácias, termo aplicado a startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão antes de abrir capital.
4Bio trabalha com medicamentos especiais
A 4Bio é responsável pela comercialização online e entrega de medicamentos especiais, com atuação em oncologia, infertilidade, reumatologia e dermatologia. São itens que exigem, além da prescrição médica, conservação, armazenagem e transporte específicos. Entre seus diferenciais frente à concorrência esta o uso de uma plataforma integrada, que acompanha o tratamento dos pacientes.“
Como resultado, a companhia é capaz de proporcionar uma taxa de adesão ao tratamento de 88%, acima da média do mercado que é de 50%. A tecnologia evita desperdícios aos operadores, nos casos de substituição do medicamento ou do óbito do paciente. Segundo Kina, em 2023, as 100 operadoras que contrataram o serviço da plataforma economizaram R$ 300 milhões.
Troca de comando
A venda dos 15% restantes da companhia tirou Kina da cadeira de CEO. Desde 1º de janeiro o comando da 4Bio está nas mãos de Luiz Felipe Bay, que atuava como diretor executivo de Negócios Corporativos da Univers, gestora de saúde e programa de benefício farmácia da RD.
Kina continua envolvido com a 4Bio, como membro do Conselho de Administração. Seus planos futuros são auxiliar outros empreendedores. “Meu plano pessoal é continuar ajudando no conselho. Mas também quero ajudar outros empreendedores. Construí do zero uma empresa que fatura R$ 3 bilhões por ano, e quero dividir essa experiência”, afirmou o executivo à revista.
