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A cura do câncer já existe?

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Foram muitos os anúncios sobre ter encontrado a cura do câncer. Como aconteceu com a fosfoetanolamina e, mais recentemente, com uma pesquisa de cientistas israelenses. Muitas pessoas se prendem à ideia de encontrar essa tal cura, mas ela parece nunca realmente chegar. E então, vem a pergunta que não quer calar: afinal, a cura para o câncer existe?

“A cura já existe, já está ao alcance da população e não chegou com um achado milagroso”. É o que diz o Dr. André Abdo, médico hematologista no Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Ele compara os resultados atuais com os do passado e considera que a cura do câncer já é uma realidade. “Se você analisar 30 anos atrás, a quantidade de pessoas que morria por conta do câncer era muito maior. Na verdade, quase ninguém ficava vivo. Hoje isso mudou muito, os tratamentos estão super avançados, mas só estão avançados porque foram desenvolvidos de forma correta”, conta o médico.

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Para os cientistas, encontrar a cura do câncer é um grande desafio tanto pela complexidade da doença, quanto pelos obstáculos que aparecem durante o processo.

Primeiro, a palavra “câncer” não diz respeito a uma única doença e sim a um mundo enorme de doenças. Elas podem receber o mesmo nome, mas cada uma se comporta de um jeito, acontece por conta de um tipo de mutação e cada organismo pode reagir de forma diferenciada.

Por exemplo, o linfoma: existe o de Hodgkin e o não-Hodgkin, que também se divide em outros vários subtipos dependendo de certos aspectos. E cada um recebe um tratamento específico.

“Tudo isso chama câncer, então tem que tomar um pouco de cuidado e não generalizar a cura. Aliás, existem tumores que você não busca a cura, e sim estabilizar e acompanhar. E, assim, a pessoa vai viver muito bem”, explica o Dr. Abdo.

Outro ponto desafiador é a “descoberta” de drogas que prometem resultados fenomenais, mas sem nenhuma comprovação científica. E é preciso tomar muito cuidado com isso!

“A grande maioria das coisas que são pesquisadas nunca vão chegar à população, porque elas simplesmente não trazem reais resultados. Não adianta alguém falar que descobriu a cura para alguma coisa sem que seja feito o teste por meio de um estudo sério, controlado, em um lugar correto e com pacientes”, enfatiza o hematologista.

Ele ainda alerta que a teoria na qual existiria ou será descoberta uma cura milagrosa, e que por motivos diversos não será anunciada à população, é totalmente falsa!

“Existem cânceres que a proposta é totalmente curativa. Ou seja, o paciente nunca mais vai ter nada relacionado àquilo ou não deverá ter. Tirando o tumor, acabou o câncer, segue a vida”, conta o especialista.

É isso que acontece com o câncer de pele, por exemplo. Assim que ele é retirado, o tratamento acaba e a pessoa pode ser considerada curada.

Ele usa como exemplo a pressão alta e a diabetes. “Elas não têm cura, você cronifica a doença, ou seja, trata, toma o remédio e não morre disso. Pode ter uma vida normal. Isso acontece muito nos cânceres hematológicos, principalmente nas doenças crônicas, como a leucemia mieloide crônica (LMC).”

Em outros tumores hematológicos, que até acabam tendo mais impacto na mídia, como as leucemias agudas e os linfomas, o objetivo do tratamento é alcançar a remissão. Ela não necessariamente é a cura, porque ainda existe um risco teórico da doença voltar. Mas, na remissão, os sintomas da doença não estão mais presentes.

“Usamos um número de a partir de cinco anos. Sabemos que a chance de a doença voltar depois disso é pequena. Ela existe, mas é pequena. Então até os cinco primeiros anos, ficamos vigilantes”, conta o Dr. Abdo.

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Receber alta do tratamento, infelizmente, não é sinônimo de cura da doença. “Ele está curado naquele momento. Ou seja, o paciente não tem doença evidente naquele momento. Mas é preciso continuar acompanhando”, salienta o médico.

Depois dos cinco primeiros anos, se não tiver aparecido mais nenhum sinal da doença, aí sim pode ser considerado que o paciente está totalmente de alta e curado.

Fonte: Revista ABRALE

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