Os consumidores das farmácias priorizam os preços baixos e programas de fidelidade nas compras nestes estabelecimentos e alteraram alguns hábitos em função da pandemia. Isso é o que aponta a Pesquisa Sobre o Comportamento do Consumidor de Farmácia no Brasil – Edição 2021, realizada pelo Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa (IFEPEC), com 4.000 consumidores.
Trazendo importantes percepções sobre um dos principais setores da economia e acontecendo pelo quinto ano seguido, a pesquisa apontou a grande importância dos preços para o público frequentador de farmácias. Isso se observa na resposta à pergunta sobre o principal fator para a escolha de uma farmácia, 75,4% dos entrevistados afirmaram que o preço foi primordial na decisão.
Além desse ponto, 14,9% apontaram a localização como fator mais importante para a escolha, seguido por disponibilidade de estoque (5,1%), possuir atendimento da Farmácia Popular (2,4%%), o bom atendimento (1,1%) e a facilidade de estacionar (0,9%).
Reforçando a importância de obter as melhores condições para esse público, os programas de fidelidades possuem grande relevância para o consumidor da farmácia, sendo que 86,8% dos entrevistados afirmando participar de algum tipo de programa.
Um dado importante apresentado no material é em relação às pesquisas de preços por parte dos consumidores, 88,4% dos entrevistados afirmaram que não costumam realizar essa ação antes das compras, 8,7% afirmaram que não pesquisaram preços naquele dia específico, mas que costumam pesquisar, 1,8% afirmaram que pesquisaram naquele dia e 1,1 pesquisaram via Web.
Alteração do comportamento do consumidor na farmácia Em relação ao momento vivido no mundo, os consumidores foram questionados se ocorreram alterações nos hábitos de compra de medicamentos, 75% dos entrevistados afirmaram que sim.
A principal mudança no comportamento dos consumidores, citada por 49,7% dos entrevistados, foi a redução de visita às farmácias. Resultado esperado devido às restrições de locomoção vigentes na época da pesquisa. Em contrapartida, 21% dos entrevistados afirmaram terem comprado mais por WhatsApp no período.
Em relação ao comportamento dos consumidores nas farmácias, a pesquisa apontou que 81% dos consumidores tinham adquiridos todos os medicamentos que queriam. Porém, do 19% que não adquiriram totalmente ou parcialmente os produtos que queriam, o principal motivo para essa ruptura foi a falta de estoque do produto na farmácia (70,6%) e 25,2% deixaram de comprar por questões financeiras.
Sobre a pesquisa Essa foi a quinta edição da pesquisa que busca uma análise do perfil de consumo e que desta vez também buscou analisar os reflexos da pandemia para os frequentadores de farmácias.
“A realização dessa pesquisa no decorrer dos anos vem se mostrando uma ótima ferramenta de apoio na tomada de decisões, retratando de forma real o comportamento dos consumidores nos agrupamentos de farmácias de cada região. É imprescindível dispor de dados para estruturar os melhores rumos a serem tomados”, avalia Edison Tamascia, presidente da Febrafar.
Todo o desenvolvimento do material foi coordenado pelo IFEPEC (Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa) em parceria com o NEIT – Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia, do Instituto de Economia da Unicamp.
Para a realização do levantamento foram entrevistados até o mês de fevereiro de 2021, quatro mil consumidores nas ruas, após efetuarem suas compras em farmácias, selecionados de acordo com os agrupamentos a qual pertencem, segundo dados da IQVIA.
Fonte: Jornale