O mercado financeiro ampliou os olhares sobre uma grande rede do varejo farmacêutico. Para especialistas da Empiricus, as ações da Panvel têm potencial para atingir valorização de até 125%.
A avaliação da consultoria levou em conta as chamadas microcaps, como são conhecidas as empresas com valor abaixo de R$ 1,5 bilhão na bolsa de valores. Os analistas
Rodolfo Amstalden, Richard Camargo e Ruy Hungria foram enfáticos no relatório enviado a investidores, ao destacarem que a empresa apresenta resultados “dignos de quem tem o sonho de se tornar uma gigante”.
A análise considera os mais recentes números da Panvel, com base no balanço financeiro do segundo trimestre deste ano, período em que a rede abriu 44 lojas. Além da capilaridade, houve também incremento da produtividade com o aumento de 19% nas vendas de novos PDVs, em comparação às unidades abertas há mais de um ano. No caso das lojas maduras, o avanço foi de 15%.
Transformação digital e share alavancam ações da Panvel
O processo de transformação digital na rede também foi reconhecido pela consultoria. Além do crescimento das vendas nos canais online, a Panvel vem implementando modelos de serviços em parceria com fintechs e deu início às operações de uma venture capital, com a proposta de estimular a atração de startups para o varejo farmacêutico.
“Esse é um passo natural da companhia após a implementação do programa de aceleração de startups, em 2021. Nossa jornada de inovação aberta entra em uma nova fase de maturidade, o que motiva a busca por startups que alavanquem novas oportunidades para o nosso negócio”, avalia o CEO Julio Mottin Neto.
A Panvel também tem colhido frutos com a expansão em outros mercados além do Rio Grande do Sul. “O market share no Sul do país chegou a 11,9%, o que ajudou a conter o avanço da concorrência na região e dá sustentação para a companhia evoluir em centros como São Paulo e Centro-Oeste”, observa Rodolfo Amstalden.
A receita bruta da rede atingiu R$ 1,06 bilhão, o que representou um aumento de 26% em comparação ao mesmo trimestre do ano passado. “Enquanto os trimestres anteriores foram afetados pelas pressões inflacionárias de custos, em abril deste ano foi permitido o reajuste nos preços de medicamentos, o que trouxe um ganho de 1% de margem bruta em relação ao intervalo de abril a junho de 2021”, explicaram os analistas. Apesar disso, a inflação continuou atrapalhando a linha de despesas da Panvel, que aumentou 29% e impediu um crescimento mais robusto do lucro operacional.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
