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ágar-ágar

O ágar-ágar é um tipo de gelatina vegetal, extraído de diversos gêneros e espécies de algas marinhas vermelhas. O aspecto gelatinoso se deve à agarose, uma das principais substâncias encontradas no ágar-ágar. A alta concentração de fibras solúveis em água, superior a 90%, e o baixo teor calórico o tornam um complemento valioso para uma dieta saudável. Além de proporcionar sensação de saciedade, ajuda a regular o funcionamento do intestino e é um aliado na manutenção do peso.

Diferente das gelatinas convencionais, produzidas a partir de ossos, tendões e peles de animais submetidos a altas temperaturas, o ágar-ágar é obtido por meio da fervura das algas, o que elimina o risco de infecção por bactéria. Outra vantagem está no fato de não levar corantes ou aditivos alimentares. É um espessante, gelificante e estabilizante natural.

Segundo pesquisadores, seu uso remonta ao século XVII, quando foi descoberto no Japão por volta do ano de 1658. Dali, onde é conhecido como kanten (água fria) e usado para fazer doces, espalhou-se por todo o mundo. Na China, é chamado de dongfen (pó congelado).

Ágar-ágar: protagonista na culinária e na indústria de alimentos

O poder gelificante é dez vezes maior do que a da similar tradicional uma vez que não derrete em temperatura ambiente e não altera o sabor de outros alimentos. Ou seja, pode ser usado tanto em pratos salgados quanto doces. No preparo de mingau ou creme de sobremesas, por exemplo, confere consistência e deve ser adicionado quando a iguaria estiver no fogo acima de 90°, já que não derrete em baixa temperatura. É preciso mexer até que dissolva totalmente.

Em receitas de mousses salgadas, substituir as gelatinas de origem animal sem sabor por ágar-ágar torna o prato mais nutritivo. Já os molhos ficam mais encorpados quando agregam o ingrediente. A indústria alimentícia, aliás, o utiliza fartamente na produção de sorvetes, iogurtes, balas, geleia de mocotó, patês, entre outras guloseimas. Funciona ainda como antidessecante em produtos de panificação.

Auxílio em tratamentos de saúde

Na área da medicina, a substância tem papel coadjuvante do tratamento de algumas disfunções. Pode ser usada por diabéticos ou pessoas com intolerância à glicose. As fibras regulam a absorção de carboidratos pelo intestino, o que ajuda a reduzir o nível de glicose no sangue e a resistência à insulina. Elas também contribuem para diminuir a absorção de gorduras na alimentação, controlando o nível de colesterol.

A substância é ainda rica em cálcio e magnésio, minerais responsáveis pelo fortalecimento, resistência e densidade dos ossos. O uso não é recomendado, no entanto, para gestantes, lactantes e crianças menores de três anos. É inapropriada ainda a pessoas com doenças crônicas e com obstrução intestinal. Em todos os casos citados é primordial a consulta prévia a médicos especialistas.

Destaque nos segmentos farmacêutico e laboratorial

Com diversificadas aplicações, o ágar-ágar tem seu lugar garantido na indústria farmacêutica e nos laboratórios. A substância transparente é usada em cápsulas de remédio e cultura de bactérias na área de microbiologia. Em tratamentos odontológicos, o ágar-ágar entra na composição de próteses dentárias. E embora passe despercebido para muitos, a substância está presente inclusive na composição de produtos de beleza e cosméticos, na forma de gel emulsificante de xampus, sabonetes e cremes.

O ágar-ágar é facilmente encontrado em farmácias, supermercados e lojas de produtos naturais. Vendido em tiras de algas secas, pó ou cápsulas, deve ser usado criteriosamente, sob a orientação do médico ou nutricionista. O consumo em excesso resulta em efeitos colaterais, entre os quais, a diarreia, devido ao efeito laxativo.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

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