Uma pesquisa realizada pela Rite Aid, rede de farmácias norte-americana, revelou que grande parte das atribuições dos farmacêuticos ainda são desconhecidas por uma porção considerável da população. Com os dados em mãos, a companhia buscará a criação de ações que permitam uma maior influência destes profissionais na saúde dos clientes. As informações são do portal Drug Store News.
Quando questionada, a maior parte dos entrevistados citou tarefas mais populares como a distribuição de medicamentos (72%), orientação sobre OTCs (64%), aplicação de imunizantes (53%), e dicas de bem-estar e saúde (53%).
Atribuições como prescrições de medicamentos (30%), disponível apenas em alguns estados americanos, gestão de terapias medicamentosas (27%), aplicação de testes clínicos (23%), também disponível apenas em algumas regiões, e programas de controle ao tabagismo (24%) foram muito menos citadas.
“Como a pesquisa mostra, diversos consumidores visitam seus farmacêuticos de maneira bem mais frequente do que seus médicos, pois os agendamentos de consultas podem demorar semanas para serem confirmados”, afirma Karen Staniforth, gerente chefe de farmácias na Rite Aid.
“Com o passar dos anos, vi em primeira mão o impacto positivo que o relacionamento personalizado entre o farmacêutico e o consumidor pode causar na saúde. Eles podem conversar e aconselhar sobre diversos aspectos da saúde de um indivíduo, desde a gestão de medicamentos até a realização de testes rápidos e prescrição de fármacos”, adiciona a executiva.
“Mesmo com toda essa acessibilidade para suas comunidades, ainda estamos detectando uma lacuna na utilização das capacidades totais da farmácia e dos farmacêuticos pelos consumidores”, ressalta Karen.
Diferentes percepções acerca das atribuições dos farmacêuticos
Outras estatísticas evidenciadas na pesquisa revelam que mais da metade dos entrevistados (55%) acreditam que farmacêuticos podem auxiliar com questões menores de saúde e bem-estar, mas não estão cientes da possibilidade de suporte em outras áreas como a saúde sexual (29%) e da mulher (26%).
Cerca de 62% dos indivíduos ainda afirmaram que enxergam a classe farmacêutica como parte da sua equipe de saúde, mas três quartos dessa parcela não têm nenhum tipo de relacionamento com um profissional específico.
Gerações se relacionam com farmacêuticos de maneira distinta
O tempo de interação com os farmacêuticos também foi alvo de questionamentos. De acordo com a pesquisa, 55% da geração Z se mantêm em contato com estes profissionais por mais de cinco minutos. Esse número cai para 50% no grupo classificado como geração Y (ou millenials), 35% entre a geração X e 27% nas interações dos baby boomers.
“Os resultados mostram que os farmacêuticos estão sendo subutilizados e algumas de suas atribuições são, ainda, desconhecidas”, conclui a executiva.