Fique por dentro dos principais FATOS e TENDÊNCIAS que movimentam o setor

Biomm aciona Anvisa para liberar remédio

Acompanhe as principais notícias do dia no nosso canal do Whatsapp

O registro de um dos principais medicamentos que será produzido pela Biomm, com fábrica especializada na produção de insulina humana, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), o Glargilin, voltou para a pauta de análises da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A retomada da avaliação do registro do produto foi viabilizada após recurso da companhia mediante negativa do registro pela agência, em março deste ano. Ainda sem o documento, a empresa não pode comercializar e nem iniciar a produção na unidade mineira, que já recebeu R$ 180 milhões em investimentos, de um projeto orçado, no total, em R$ 540 milhões.

Em nota, a Biomm afirmou que “está confiante de que o recurso terá parecer favorável em breve para, então, iniciar a comercialização do Glargilin, primeiro, via parceiro internacionalmente reeconhecido pela qualidade, e, em seguida, por meio de fabricação própria na planta de Nova Lima, encerrando a dependência de anos do mercado internacional”. “A Biomm informa que sempre acreditou na aprovação do Glargilin e, por isso, seguiu com o recurso junto à Anvisa. O segmento de biotecnologia envolve um nível aprofundado de detalhamento técnico. Especialmente, por isso, o plano de negócios de uma biofarmacêutica engloba as principais variáveis de produção e de comercialização de medicamentos, como a necessidade de reportar, em profundidade, as informações junto aos órgãos governamentais”, acrescentou a empresa no documento.

A planta de Nova Lima já recebeu R$ 180 milhões em investimentos, considerada a primeira fase do projeto. Apesar de a unidade estar apta para produzir alguns tipos de insulina e outros medicamentos biofármacos, para começar a operar, a plataforma ainda deve passar por comissionamento, validação dos processos fabris e homologação, etapas que só podem se riniciadas para produtos com registros aprovados pela Anvisa. Além dos problemas relacionados aos registros de alguns medicamentos, como o Glargilin, a empresa também está enfrentando problemas financeiros ao que tudo indica. Apesar dos detalhes não terem sido revelados, em março, o então presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello, afirmou que estava renegociando os contratos de financiamento com a Biomm, em entrevista ao DIÁRIO DO COMÉRCIO.

A companhia não detalhou o que de fato está sendo negociado e nem se serão feitos empréstimos adicionais para concluir o projeto, que, ao todo, está orçado em R$ 540 milhões. A fábrica de insulina da Biomm está sendo erguida em Nova Lima (RMBH), dentro da área de influência do megaprojeto de desenvolvimento urbanístico do Vetor Sul da RMBH, da CSul Desenvolvimento Urbano. Financiamento -Para construir a planta, a empresa conta com linhas de financiamento do BNDES, do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e da Agência Brasileira da Inovação (Finep).A planta de insulina da Biomm será a única no Brasil e, com base em informações já divulgadas pela empresa, terá 30 mil metros quadrados e capacidade para produzir 20 milhões de frascos de insulina humana recombinante por ano, distribuídos no mercado nacional.

Há também planejamento de exportação do produto, mas ainda não há previsão de volume. Além da insulina, a Biomm deve trazer ao Brasil uma série de produtos ligados à biotecnologia. Oportfólio ainda está sendo discutido, mas alguns dos medicamentos serão baseados no anticorpomonoclonal, que vem sendo utilizado como ferramenta de diagnóstico em exames laboratoriais eaplicado ao tratamento de várias doenças, inclusive em alguns tipos de câncer.

Fonte: Diário do Comércio

Notícias Relacionadas

plugins premium WordPress