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Falta de técnicos na Anvisa trava investimentos

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Falta de técnicos na Anvisa
Foto: Divulgação

Destinados ao desenvolvimento de novos medicamentos, R$ 17 bilhões estão travados pela falta de técnicos na Anvisa. Farmacêuticas afirmam que alguns registros estão parados há mais de três anos. As informações são da Folha de S. Paulo.

Remédios que passaram anos em períodos de testes e produção estão impossibilitados de serem disponibilizados no mercado por falta de uma aprovação do órgão fiscalizador.

As operações da Anvisa são divididas em cinco setores, a Gerência-Geral de Medicamentos (GGMED), Gerência de Farmacovigilância (GFARM), Gerência de Inspeção e Fiscalização Sanitária de Medicamentos e Insumos Farmacêuticos (GIMED), Gerência de Avaliação de Produtos Biológicos (GPBIO) e a Coordenação de Pesquisa Clínica em Medicamentos e Produtos Biológicos (COPEC)

Os prazos de retorno da agência são definidos por lei: medicações devem ser analisadas e avaliadas em até 365 dias, ou 120 dias em caso de remédios prioritários. O órgão afirmou, em nota, que 55 processos se encontram em andamento atualmente.

Falta de técnicos na Anvisa não é novidade

O número de funcionários e a carga de trabalho atual na Anvisa são tópicos polêmicos há algum tempo, um concurso público foi anunciado no início do ano para o preenchimento de apenas 39 vagas de farmacêuticos, gerando protestos dos servidores.

A operação atual da agência conta com 187 contratados, em comparação com a FDA (Food and Drug Administration), órgão regulador dos Estados Unidos, fica evidente a disparidade das equipes, tendo em vista que os americanos contam com mais de 5.600 funcionários apenas no setor de medicamentos sintéticos.

Anvisa terá uma nova diretoria no final do ano

O alto escalão de executivos da agência passará por grandes mudanças nos próximos meses, das cinco cadeiras existentes na diretoria do órgão, três ficarão vagas ainda em 2024.

A indicação para as novas vagas é de responsabilidade do presidente Lula, os nomes apontados por ele passarão então por uma avaliação do Senado, que pode aprovar ou reprovar os novos contratados.

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