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Bolsonaro se cala sobre mortes

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No dia em que o Brasil completou um ano desde seu primeiro caso confirmado de covid-19 e ultrapassou oficialmente a marca de 250 mil mortos pela covid-19, o presidente Jair Bolsonaro encerrou, ontem, sua transmissão ao vivo nas redes sociais sem dar uma palavra sobre o número de óbitos. Durante a live, a única menção que fez à crise sanitária foi para lançar dúvidas sobre a efetividade do uso de máscaras na prevenção contra o contágio pelo vírus — algo que é recomendado pelas autoridades de saúde.

Ao lado do presidente da Caixa, Pedro Guimarães — que, assim como Bolsonaro, não usava qualquer proteção facial –, o presidente alegou ter tido acesso a um suposto estudo alemão segundo o qual máscaras fariam mal a crianças. Mas, como de hábito, não apresentou a fonte da afirmação que fez.

“Começam a aparecer os efeitos colaterais. Cada um tem sua opinião sobre máscaras, eu tenho a minha”, comentou, na contramão das evidências de que o equipamento reduz o risco de transmissão do coronavírus.

Vacina sem registro

Enquanto Bolsonaro nada falava sobre as mortes e pandemia, ao mesmo tempo o Ministério da Saúde divulgava a assinatura do contrato, ontem, para a compra de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin, desenvolvida pela Bharat Biotech. A pasta investiu R$ 1,614 bilhão para a obtenção do imunizante, que começa a chegar ao Brasil no próximo mês.

Existe, porém, um problema: a Covaxin ainda não possui permissão para uso emergencial aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Nacional (Anvisa) e, por isso, não poderia ser aplicada nos brasileiros caso estivesse disponível.

Até o momento, a Anvisa não recebeu nenhum pedido de uso emergencial, nem de registro definitivo da Covaxin –apenas um pedido para a realização de pesquisa clínica de fase 3 da vacina no Brasil. A solicitação foi apresentada pelo laboratório Precisa Farmacêutica, parceiro da Bharat. A agência aguarda a complementação de dados para iniciar a avaliação da solicitação.

Segundo o ministério, “os primeiros 8 milhões de doses do imunizante devem começar a chegar já no mês de março, em dois lotes de 4 milhões, a serem entregues entre 20 e 30 dias após a assinatura do contrato”, disse, em nota, a pasta. O que representa que o primeiro lote de 4 milhões de injeções só deve ser entregue no final do próximo mês. Em abril, o Programa Nacional de Imunização (PNI) espera receber mais 8 milhões de doses e, em maio, é esperado o último lote de doses, com 4 milhões de unidades.

O ministério pretende assinar, ainda, outro contrato para a compra de 10 milhões de doses Sputnik V, mais uma candidata que ainda não possui o aval da agência reguladora para ser distribuída. Para a compra do imunizante russo, está previsto um investimento de R$ 639,6 milhões. Caso o contrato seja assinado logo, o Brasil poderá receber as primeiras 400 mil doses da Sputnik V ainda em março. (BL e MEC)

Fonte: Correio Braziliense

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/02/25/brasil-registra-maior-media-de-mortes-por-covid-desde-o-inicio-da-pandemia/

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