O Boticário vai lançar no mercado brasileiro dois perfumes cujas fragrâncias foram criadas utilizando Inteligência Artificial – o primeiro lançamento desse tipo em todo mundo, de acordo com a empresa.
Os perfumes foram criados pela Symrise, uma multinacional alemã especializada na criação de fragrâncias para a indústria de cosméticos usando o Phylira, uma a solução de Inteligência Artificial desenvolvida pela IBM Research.
Com a tecnologia, é possível usar algoritmos de aprendizado automático para examinar milhões de fórmulas e milhares de ingredientes de forma a identificar padrões e novas combinações.
De acordo com a Boticário, o resultado final combina “emoção e automatização – o nariz do homem e o cérebro do sistema”.
O resultado foi duas combinações inusitadas de fragrâncias, com um pouco de cheiro de frutas, flores, doces, especiarias, madeiras e até pepino.
“O que parecia uma combinação totalmente improvável resultou em fragrâncias que surpreenderam até mesmo a nossa equipe e que só precisam do nosso toque final no Boticário para ficarem totalmente prontas”, explica o gerente de Perfumaria do Boticário, Jean Bueno.
Fazer perfume é uma atividade complexa. De acordo com o gerente de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Boticário, Tiago Martinello, a criação de um novo produto envolve inclui centenas de submissões em um intervalo de até três anos.
“A inteligência artificial certamente vai otimizar muito o nosso tempo de desenvolvimento e permitir que o time de Marketing e de Pesquisa e Desenvolvimento na indústria se dediquem muito mais às combinações finais, concluindo a fragrância que chegará para o consumidor”, afirma Martinello.
A arte da fabricação de perfumes é muito antiga: já na Mesopotânia e no Egito antigo se fabricavam produtos do tipo, dois mil anos antes de Cristo.
A perfumaria moderna começa no século 19, com a introdução de aromas sintéticos em meio aos avanços científicos no campo da química.
“Essa revolução ainda é a força motriz por trás da maioria dos grandes perfumes de hoje. A Inteligência Artificial é a próxima fronteira de inovação e descoberta da perfumaria”, diz o perfumista da Symrise, David Apel.
Baseado em aprendizado de máquina, o trabalho do time de IBM Research AI for Product Composition também pode ser estendido para outros tipos de aplicações, como design de sabores, cosméticos e itens de consumo – xampus, sabão em pó e outros –, até produtos industriais, como adesivos, lubrificantes ou materiais de construção.
Embora isso ainda esteja em fase de pesquisa, a tecnologia tem o potencial de se tornar um serviço que pode ser disponibilizado para ajudar empresas a acelerar e dimensionar seu processo de design criativo.
Fonte: Baguete
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