Ducha de água fria para o setor de higiene pessoal, com direito a um peso de US$ 500 milhões, o equivalente a R$ 2,6 bilhões. Esse é o custo que o Brasil deverá assumir nos próximos dez anos com importação de escovas de dente. O alerta é da Abihpec, que teme os efeitos negativos de uma eventual reforma tributária.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, o presidente da entidade, João Carlos Basílio, avalia que o país deixou de ser competitivo na fabricação desse produto justamente por conta do peso dos impostos. Segundo ele, 80% das escovas de dente disponíveis no mercado nacional são originárias do Exterior, mesmo que as marcas tenham fábricas no Brasil. “É uma coisa que me envergonha”, criticou.
O principal motivo de apreensão é o projeto de reforma tributária do deputado Celso Sabino (PSDB-PA). Na visão da Abihpec, o texto pode estimular o fechamento de empresas e transferir os custos aos consumidores.
Basílio, critica especialmente a proposta de extinguir a tributação monofásica. Por esse modelo, importantes e fabricantes recolhem o imposto a uma alíquota de 12,5%, com desoneração equivalente ao longo da cadeia. Porém, o parlamentar sugere incluir toda a cadeia no regime não cumulativo. O tributo cairia para 9,25%, mas incidiria sobre todas as empresas.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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