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Brasil integra grupo conservador na OMS sobre saúde reprodutiva

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Brasil integra grupo conservador na OMS sobre saúde reprodutiva. Em sua guinada conservadora na cena internacional, o governo de Jair Bolsonaro se juntou aos Estados Unidos e alguns governos do Oriente Médio e da África para defender mudanças na Organização Mundial da Saúde (OMS) nas políticas de promoção da saúde sexual e reprodutiva. Um outro grupo liderado por países europeus e vários latino-americanos tomou direção oposta.

Na Assembleia Mundial da Saúde, encerrada na terça-feira (28), um grupo formado por EUA, Brasil, Arábia Saudita, Iraque, Egito, Gana, Nigéria e Indonésia fez uma intervenção em plenário para defender que iniciativas da OMS na área da saúde da mulher e de adolescentes e crianças têm que estar focadas em conceitos consensuais, e evitar controvérsias entre os Estados membros.

Conforme negociadores presentes à assembleia, esse grupo de países quer que o foco, quando se tratar de saúde sexual e reprodutiva, seja de estimular políticas para evitar doenças sexuais, vacinação contra câncer de colo do útero etc.

Fontes dizem que o governo de Donald Trump deixou claro em conversas durante a assembleia que considera que a promoção da saúde sexual e reprodutiva, como é hoje, significaria facilitar aborto e sexo antes do casamento. Alguns negociadores chegaram a comparar o discurso de Washington à quase tentativa de propor abstinência sexual. Isso gerou algumas ironias, por vir da parte do governo dirigido por Trump.

Já um grupo de cerca de 40 nações, liderados por França, países nórdicos e vários latino-americanos, como Argentina, Uruguai e México, também fez uma declaração conjunta insistindo na importância de se promover a saúde sexual e reprodutiva das mulheres e adolescentes para evitar gravidez precoce, violência sexual em casa, na escola e no local de trabalho, além de promover igualdade de gênero.

Não houve um confronto mais visível na assembleia. Mas os países conservadores, que dizem defender a família, vão continuar pressionando a OMS a rever várias de suas políticas.

Fonte: Valor Online

Veja também:

https://panoramafarmaceutico.com.br/2019/05/30/oms-inclui-burnout-na-lista-de-doencas/

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