Mais de um ano depois da confirmação de um surto de toxoplasmose em Santa Maria, ainda não há relatório final que aponte o motivo do alto número de casos ocorridos na cidade da região central do Rio Grande do Sul. O documento é de responsabilidade do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs). O surto foi confirmado em 19 de abril de 2018.
Em nota, o órgão informou que ainda falta concluir o acompanhamento de algumas gestantes, estudos ambientais referentes à água do consumo humano e análises genéticas sobre os tipos de protozoários encontrados em Santa Maria. “Tão logo o material estiver com os dados consolidados e fechados, os mesmos serão divulgados pelas autoridades que acompanham o caso”. Porém, ainda não há previsão para conclusão do laudo.
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O último boletim epidemiológico divulgado pelo Cevs, de novembro do ano passado, apontava um total de 802 casos confirmados de toxoplasmose. Conforme a prefeitura de Santa Maria, houve a ocorrência de casos posteriores, mas de número considerado controlado, fora da condição de surto registrado a partir de abril do mesmo ano. Entretanto, como não houve novos boletins, nem município nem Cevs informaram quantos casos foram registrados após novembro.
A recomendação do governo do Estado é que os santa-marienses mantenham medidas preventivas ao consumo da água, realizando regularmente a lavagem das caixas d’água e higienizando corretamente as hortaliças. A água da torneira precisa ser fervida, se ingerida. Caso essa medida não seja possível, a orientação é pelo consumo de água mineral. Também é necessário cozinhar bem as carnes e lavar bem legumes e verduras. A principal suspeita, durante o surto, era de que o sistema de fornecimento de água estivesse contaminado com o protozoário Toxoplasma gondii, causador da toxoplasmose, mas nunca houve confirmação.
A toxoplasmose pode ocorrer pela ingestão de alimentos contaminados com oócitos ou pela placenta da mãe contaminada. Os sintomas são febre, cansaço, mal-estar e gânglios inflamados. O período de incubação vai de 10 a 23 dias, quando a contaminação se dá através de alimentos, e de 5 a 20 dias, quando o contato ocorre por meio das fezes de felinos.
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Fonte: Jornal do Comércio – RS