O diretor dos Centros de Controle de Doenças da China, Gao Fu, disse neste sábado (10) que o governo de seu país está considerando misturar as vacinas de Covid-19 ali produzidas para torná-las mais efetivas. Segundo o G1, o motivo da decisão seria porque as vacinas chinesas, como a CoronaVac, possuem um nível de eficiência menor que os imunizantes da Pfizer e da Moderna, por exemplo. No entanto, exigem controles de temperatura menos rigorosos em relação às vacinas norte-americanas.
Mesclar vacinas diferentes entre primeira e segunda dose seria uma forma de contornar este problema. ‘Dar às pessoas doses de vacinas diferentes é uma forma de melhorar vacinas que não têm taxas de proteção muito altas’, declarou o diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China, Gao Fu.
Gao não especificou se estava se referindo a vacinas chinesas ou estrangeiras, mas garantiu durante uma conferência concedida na cidade de Chengdu que ‘a inoculação com vacinas de diferentes linhas técnicas está sendo considerada’.
Entre outras medidas pensadas para maximizar o processo de vacinação com o uso de imunizantes chineses, também está o aumento do número de doses e o período de intervalo entre a primeira e a segunda aplicação.
Duas recentes pesquisas conduzidas no Brasil em relação à CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, apontaram dados de eficácia diferentes levando em consideração o período de tempo entre as doses.
Quando o intervalo foi de menos de três semanas, o grau de eficácia aferido foi de 49,1%, que é menor que os 50% estabelecidos como padrão mínimo pela OMS. Porém, a taxa de eficiência aumentou para 62,3% quando as doses foram administradas em um intervalo de três semanas ou mais.
Além da CoronaVac, a China tem mais outras três vacinas aprovadas para uso público e uma quinta aprovada para uso emergencial em menor escala. O plano dos chineses é de produzir 3 bilhões de doses até o final de 2021.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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