Webinar realizada nesta quarta-feira, 13 de maio, pelo portal de informações jurídicas Jota discutiu o cenário de diagnósticos da Covid-19 no Brasil. Executivos e dirigentes do setor elencaram cinco decisões que permitirão ao mercado farmacêutico reforçar seu protagonismo no combate à pandemia.
1 – Velocidade do processo decisório da Anvisa
A RDC nº 348/2020 trouxe uma série de simplificações para farmácias e drogarias dispostas a incorporar os testes rápidos aos seus serviços. Hoje já existem 326 protocolos de pedidos de regularização na Anvisa, sendo 75 já aprovados. A análise desses processos tem sido muito célere, levando em torno de 15 dias. A título de comparação, a FDA tem 68 aprovações.
Leandro Rodrigues Pereira, gerente geral da área de Tecnologia de Produtos para Saúde (GGTPS) da Anvisa.
2 – Mapeamento epidemiológico da doença
Existem testes rápidos que podem auxiliar no diagnóstico da fase aguda da doença. Mas para a Covid-19, os testes rápidos têm uma função ainda mais essencial por permitirem o mapeamento epidemiológico da doença e a testagem de anticorpos. Não temos condições de fazer testagem em massa com outra metodologia. E isso traz à tona a necessidade de desenhar protocolos de qualidade da origem do teste. O que se busca é que, de cada 100 pacientes examinados, 90 tenham confirmada a presença de anticorpos.
Paula Távora, sócia-fundadora da I9med
3 – Capilaridade e protocolos adequados
A farmácia já está pronta e preparada para a realização de testes rápidos da Covid-19. As 8.200 lojas que integram as redes associadas à Abrafarma contabilizam 26 mil farmacêuticos capacitados para esse serviço. Temos 200 unidades com testes já disponíveis e com nível entre 4% e 12% de resultados positivos. A quantidade de farmácias participantes pode aumentar desde que haja disponibilidade de mais testes, com aceleração das importações.
Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma
4 – Sistema de avaliação dos testes rápidos
Em conjunto com a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica, a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas e a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica, organizamos um programa de avaliação da qualidade dos kits de testagem do novo coronavírus. O estudo está a cargo de oito laboratórios, de forma voluntária. A análise permitirá apresentar uma lista de referência, informando qual o teste mais apropriado para cada finalidade e sua eficácia de acordo com o período da infecção. O projeto está no site www.testesdecovid19.org e já garantiu a avaliação de 28 testes. De modo geral, os resultados têm sido muito satisfatórios.
Carlos Gouvêa, presidente executivo da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL)
5 – Protocolos de atendimento no ponto de venda
Os farmacêuticos estão na linha de frente da batalha contra a Covid-19 e o receio de contaminação é o mesmo de qualquer outro profissional de saúde. O que é preciso fazer como forma de prevenção é criar uma estrutura adequada e aplicar protocolos de atendimento, com o uso de EPIs, e de limpeza e desinfecção das salas. Já temos profissionais contaminados como qualquer outro estabelecimento de saúde, com índice de absenteísmo entre 10% a 12%.
Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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