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Vantagens da cirurgia bariátrica

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Homens e mulheres de meia idade e obesos que fizeram uma cirurgia bariátrica têm, nos primeiros 10 anos após o procedimento, uma taxa de mortalidade de 50% menor em comparação com indivíduos que passaram por um tratamento médico tradicional. Os resultados foram obtidos num estudo conduzido pela Faculdade Feinberg de Medicina da Universidade de Northwestern, nos EUA, e o Instituto de Pesquisa Clait, em Israel, que foi publicado em 16 de Janeiro na Revista da Associação Médica Americana (JAMA). As duas universidades possuem as maiores taxas de cirurgia bariátrica no mundo. O estudo procurou responder questões sobre os riscos a longo prazo da cirurgia.

“Nós mostramos que o efeito a longo prazo é o prolongamento da vida para os pacientes obesos”, disse Philip Greenland, um dos autores da pesquisa e professor de medicina preventiva na Faculdade de Medicina de Northwestern. “Ele tiveram uma taxa de mortalidade 50% menor, o que é algo significativo.”

O estudo, baseado em registros mantidos por instituições provedoras de serviços de saúde em Israel, examinou detalhadamente os dados de 33.540 indivíduos obesos por mais de uma década. Os pesquisadores compararam 8.385 pessoas que se submeteram à cirurgia (65% eram mulheres e 35% homens) com 25.155 indivíduos que não passaram por ela. Nos EUA, as mulheres são a maioria entre os que realizam o procedimento. A taxa de mortalidade em indivíduos que não fizeram a cirurgia é de 2,3%, comparada a 1,3% daqueles que passaram pelo procedimento.

As pessoas que contribuíram para o estudo tinham em média 46 anos, e seu Índice de Massa Corporal (IMC) era de 40. Isso equivale a ter 1,70 m de altura e pesar 120 kgs. O IMC é uma medida da gordura corporal baseada em uma relação entre o peso e altura do indivíduos. Estudos anteriores sobre essa questão são imprecisos porque era difícil acompanhar os dados dos indivíduos devido aos altos custos e a desistência dos pacientes.

Além disso, a maioria dos israelenses frequenta um único serviço de atendimento médico durante toda a sua vida, o que possibilita aos pesquisadores acompanhar os mesmos indivíduos por longos períodos de tempo. Os novos resultados mostram a experiência real destes pacientes.

“A cirurgia bariátrica é um tratamento frequente para a obesidade mórbida”, disse Laura Rasmussen-Torvik, uma das autoras do estudo e professora assistente de medicina preventiva em Feinberg. “O procedimento é muito eficaz para promover a perda de peso, mas é uma técnica bastante invasiva que pode gerar complicações a curto e a longo prazos. É preciso que tanto o médico como o paciente se informem antes de tomar uma decisão sobre o procedimento a ser utilizado para a perda de peso. É preciso estar a par dos custos e benefícios da cirurgia.”

Em 2011 foram feitas nos EUA 158.000 cirurgias bariátricas e em 2016 esse número chegou a 216.000, num aumento de 37%. Se por um lado há importantes benefícios a curto prazo decorrentes da cirurgia, tais como perda de peso e controle melhor da diabetes e da pressão sanguínea, há preocupações quanto às complicações que ela causa. Entre elas estão a má absorção de nutrientes (incluindo deficiência vitamínica) anemia e falta de proteínas. No entanto, entre os que passaram pela cirurgia, a taxa de incidência desses problemas não é alta.

O estudo comparou aqueles que fizeram um entre os três tipos de cirurgia bariátrica com aqueles que se utilizaram dos cuidados habituais com auxílio médico, o que inclui reeducação alimentar. Os tipos de cirurgia incluem: o Bypasss Gástrico Roux em y de Roux(é feito um grampeamento do topo do estômago que limita a quantidade de comida que uma pessoa consegue comer de forma de forma confortável), a banda gástrica ajustável laparoscópica (restringe a quantidade de comida que o estômago consegue reter utilizando uma cinta ajustável no topo do estômago) e a gastrectomia vertical (que reduz o tamanho do estômago).

“A cirurgia pode parecer um método radical para resolver o problema da obesidade, e muitas pessoas a rejeitam porque parece ser um procedimento arriscado a se fazer, mas na verdade é menos arriscado fazer a cirurgia” diz Greenland.

Universidade Northwestern

Fonte: UOL Notícias

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