A gestão financeira da farmácia é essencial para que o varejista atinja suas metas de lucratividade e faturamento para o ano. No entanto, o planejamento deve ser muito mais amplo e envolver também os fatores externos alheios à interferência prévia do gestor, a exemplo de indicadores e resultados macroeconômicos.
“É de suma importância fazer uma análise detalhada da gestão e planejar os próximos passos de forma cuidadosa. Afinal, inflação, alterações nos custos de insumos e matérias-primas, além de alta nos gastos com transporte e energia elétrica, são entraves que fogem ao controle do gestor”, afirma Silvinei Toffanin, sócio na Direto Group.
Os especialistas da empresa de wealth management realçam a necessidade de a gestão financeira prever cenários, ajustar orçamentos, além de investir com clareza de objetivos. A também sócia na empresa, Márcia Abreu, destaca algumas boas-práticas que devem ser adotadas.
“Automatizar os sistemas de gestão financeira, acompanhar periodicamente indicadores como margem de lucro, lucratividade, margem de contribuição e ponto de equilíbrio, além de revisar o orçamento da companhia mensalmente, são ações essenciais para a saúde da empresa”, aponta.
Gestão financeira passa por mais diálogo com fornecedores
Toffanin também recomenda que o controle de custos esteja em constante aprimoramento. “Negociar com fornecedores, sempre que possível, a melhoria de prazos, descontos e condições de pagamento são ações importantes”, comenta.
Márcia, por sua vez, afirma que é necessário ponderar na balança quais despesas são mais importantes e as que podem ser substituídas ou eliminadas. “Deve-se analisar o custo-benefício de cada despesa. O ideal é priorizar aquelas que trazem retorno imediato”, afirma.
Fique de olho na reforma tributária
O sócio finaliza trazendo uma dica extra: revise a parte fiscal e tributária da empresa, com especial atenção para os possíveis impactos da reforma tributária no canal farma.