Como treinos podem ajudar na recuperação da Covid-19?

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Após o contágio pela Covid-19, mesmo os atletas profissionais costumam lidar com as sequelas da doença. O novo coronavírus pode acabar causando cansaço

Após o contágio pela Covid-19, mesmo os atletas profissionais costumam lidar com as sequelas da doença. O novo coronavírus pode acabar causando cansaço, confusão mental, fraqueza muscular e até mesmo dificuldades para dormir, mesmo após a recuperação.

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Apesar disso, não quer dizer que uma pessoa que contraiu a Covid-19 deve paralisar suas atividades físicas. Com acompanhamento de profissionais da saúde e da educação física, é possível. Aliás, é aconselhável.

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Segundo pesquisa publicada na Frontiers in Phisiology, a prática de atividade física ajudaria a diminuir o impacto dessas sequelas, aumentando assim a qualidade de vida do paciente.

Alguns pontos que justificam essa necessidade dos exercícios para pacientes de Covid-19 é a ação anti-inflamatória crônica causada pela atividade, além de estimular a imunovigilância do organismo.

Mas lembre-se: esse treino não deve ter objetivos como perda de peso. “O treino deve ter uma carga adequada, pois tem o objetivo de melhorar a sua saúde, não o desempenho físico”, conta o chefe do ambulatório de avalição da Medicina Esportiva da Unifesp, Paulo Zogaib, em entrevista ao portal UOL.

Antes de nos debruçarmos sobre tipos de treinos para rebater cada sequela do vírus, é importante ressaltar a liberação. Antes de se exercitar é necessário realizar um check-up e receber o aval de um profissional da saúde.

Treinos específicos para as sequelas da Covid-19

Problemas respiratórios

Para pacientes que têm sofrido mais com falta de ar e cansaço após a Covid-19, o indicado é a cautela. Atividades que demandam elevada capacidade pulmonar, como CrossFit ou zumba; ou controle de intensidade, como em esportes coletivos, devem ser evitadas.

O ideal é focar na musculação. Com músculos mais fortes, atividades do dia a dia, como subir um lance de escadas, exigirão menos dos seus pulmões.

As repetições devem ser poucas, no máximo seis, e com descansos longos, de dois a três minutos. Os exercícios devem ser realizados lentamente, para não aumentar a frequência cardíaca.

Problemas cardíacos

Pacientes que desenvolveram patologias como arritimia, hipertensão ou frequência cardíaca alta devido à Covid-19 também devem se exercitar, desde que com liberação médica.

Assim como no tópico passado, os treinos de musculação devem ser curtos e leves, evitando uma aceleração nos batimentos.

A diferença reside nas atividades aeróbicas. Elas podem ser realizadas, desde que haja um controle da frequência cardíaca. E, atenção, caso o nível de segurança estabelecido por meio de teste ergométrico seja alcançado, pare a atividade.

Confusão mental

Nesses casos, nada que exija muito equilíbrio ou estabilidade deve ser realizado. Além disso, exercícios muito intensos ou rápidos também não são indicados. Musculação é a chave para esse paciente em recuperação da Covid-19.

Mas um cuidado extra precisa ser tomado nesses casos. Para evitar acidentes, o indicado é a execução apenas dos exercícios que podem ser feitos em máquinas. Como os treinos que envolvem peso livre (ou seja, o uso de barras ou halteres) dependem de equilíbrio, eventuais tonturas ou vertigens podem resultar na queda de pesos e consequentes lesões.

Desde que haja um apoio para as mãos, atividades como esteira e bicicleta ergométrica também podem ser feitas.

Problemas musculares

Caso as sequelas da Covid-19 em questão envolvam fraqueza muscular ou dormência, o indicado são os treinos de força. Mantendo a cautela, como em todos os tópicos anteriores, o ideal são treinos com cargas baixas ou moderadas, evitando falhas (quando não se consegue completar o movimento) e acidentes.

Outros exercícios como pilates, ioga e alongamentos podem ser realizados. Dos cardiorrespiratórios, apenas aqueles sem impacto, como bicicleta, elíptico e natação.

Problemas para dormir

Se a sequela é a insônia, o ideal é evitar atividades físicas intensas e também se manter de olho no relógio. Para facilitar o relaxamento do corpo, evite os exercícios de três a quatro horas antes de dormir, pois eles aumentam o nível de adrenalina no sangue.

Se sua rotina só permite as atividades físicas nesse horário, dê preferência para atividades curtas (no máximo 30 minutos) e leves, como ioga e caminhada. No máximo um trote (corrida leve).

Mas, atenção

Todos que tiveram Covid-19 precisam de um check-up antes de voltar aos treinos, mas principalmente aqueles que apresentaram quadros moderados ou graves.

O uso de relógios inteligentes, que possuam funções como oxímetro e controle de batimentos, pode ajudar a monitorar como seu corpo está reagindo durante a prática de exercícios.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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