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Coronavírus ajuda a mostrar distinção entre idade cronológica e biológica

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No dia 8 deste mês, Giuseppina Nerozzi de Souza, que foi enfermeira na 2ª. Guerra Mundial, deixou o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, no Rio de Janeiro, sob aplausos. Aos 94 anos, estava curada do novo coronavírus. A maioria das vítimas é composta por idosos, mas há muitos, até mais velhos que Giuseppina, que se restabelecem. Talvez a diferença entre idade cronológica e idade biológica ajude a entender por que há indivíduos que se mostram mais capazes de superar o ataque do vírus ao organismo.

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Quem navega nesta direção é Andrew Scott, professor de economia da London Business School. Para a edição de março da revista “Finance & Development”, do Fundo Monetário Internacional, escreveu o artigo “The long, good life” (“A boa vida longa”), no qual disseca o desafio do século 21: para garantirmos trajetórias produtivas por mais tempo, precisamos mudar as regras existentes sobre o envelhecimento. Ele elege o termo “maleabilidade” como o atributo que deveria nortear as ações associadas à longevidade. O artigo se propõe a derrubar mitos que alimentam preconceitos e emperram mudanças e o primeiro deles é a visão, cristalizada no século 20, que utiliza apenas a idade cronológica para os estudos e as políticas públicas. Scott enfatiza que passou da hora de começarmos a fazer uma distinção entre a idade cronológica, a que está em nossa certidão de nascimento, e nossa idade biológica, ou seja, em que medida estamos aptos e saudáveis.

Andrew Scott, professor da London Business School — Foto: YouTube

Coautor do livro “The 100-year life: living and working in an age of longevity” (“A vida de 100 anos: vivendo e trabalhando na era da longevidade”), com Lynda Gratton, é um estudioso do assunto. Lembra que ultrapassamos uma fronteira: se, em 1965, o mundo tinha 129 milhões acima dos 65 anos, hoje são quase 750 milhões – com a expectativa de esse número chegar a 2.5 bilhões em 2100. Para fazer frente a tal cenário, organizações e políticas de governo terão que mudar. As pessoas terão que mudar. Segundo o autor, o conceito da velhice mudou substancialmente e isso tem impacto desde a infância: as crianças que estão nascendo terão um longo futuro pela frente. A longevidade significará mudanças em tudo o que se refere às nossas vidas. Por exemplo, quanto tempo será dedicado à educação, em que fase nos casaremos ou teremos filhos, de que forma trabalharemos. Scott alfineta: “a questão não é como bancaremos uma sociedade que está envelhecendo, e sim como vamos reestruturar nosso comportamento para termos o melhor de uma vida longa”.

Também faz uma provocação em relação ao entendimento geral de que os países estão envelhecendo. No artigo, lembra que, nas últimas décadas, a idade média aumentou na França, no Reino Unido e nos Estados Unidos, mas as taxas de mortalidade caíram, o que significa que o cidadão comum está vivendo bem mais. “Se medirmos a velhice como a soma dos anos desde o nascimento, esses cidadãos estão envelhecendo. Mas se pensarmos em velhice como a proximidade da morte, de certa forma essas nações estão mais jovens porque seus cidadãos ainda têm bastante futuro pela frente”, escreveu, mostrando que é preciso encarar a situação de outra forma.

Envelhecer não é problema exclusivo de países ricos. Nações com um grande contingente de jovens terão que se preparar porque essa garotada terá cabelos brancos e os governos têm que garantir que, em 2070, os meninos e meninas que hoje têm 15 anos cheguem aos 65 com saúde e opções. Um dos pontos no qual Scott bate com insistência é a necessidade de apoiar a mão-de-obra mais velha para que permaneça produtiva, já que ela acaba se retirando do mercado a partir dos 50 e, com frequência, involuntariamente. “Vidas longas demandam foco em aprendizado contínuo. Carreiras longas demandam maior flexibilidade para trabalhadores de todas as idades, para que tenham tempo para aprender, para cuidar da família, para reorientar e dar novos propósitos às suas vidas”, ressaltou.

Quem navega nesta direção é Andrew Scott, professor de economia da London Business School. Para a edição de março da revista “Finance & Development”, do Fundo Monetário Internacional, escreveu o artigo “The long, good life” (“A boa vida longa”), no qual disseca o desafio do século 21: para garantirmos trajetórias produtivas por mais tempo, precisamos mudar as regras existentes sobre o envelhecimento. Ele elege o termo “maleabilidade” como o atributo que deveria nortear as ações associadas à longevidade. O artigo se propõe a derrubar mitos que alimentam preconceitos e emperram mudanças e o primeiro deles é a visão, cristalizada no século 20, que utiliza apenas a idade cronológica para os estudos e as políticas públicas. Scott enfatiza que passou da hora de começarmos a fazer uma distinção entre a idade cronológica, a que está em nossa certidão de nascimento, e nossa idade biológica, ou seja, em que medida estamos aptos e saudáveis.

Coautor do livro “The 100-year life: living and working in an age of longevity” (“A vida de 100 anos: vivendo e trabalhando na era da longevidade”), com Lynda Gratton, é um estudioso do assunto. Lembra que ultrapassamos uma fronteira: se, em 1965, o mundo tinha 129 milhões acima dos 65 anos, hoje são quase 750 milhões – com a expectativa de esse número chegar a 2.5 bilhões em 2100. Para fazer frente a tal cenário, organizações e políticas de governo terão que mudar. As pessoas terão que mudar. Segundo o autor, o conceito da velhice mudou substancialmente e isso tem impacto desde a infância: as crianças que estão nascendo terão um longo futuro pela frente. A longevidade significará mudanças em tudo o que se refere às nossas vidas. Por exemplo, quanto tempo será dedicado à educação, em que fase nos casaremos ou teremos filhos, de que forma trabalharemos. Scott alfineta: “a questão não é como bancaremos uma sociedade que está envelhecendo, e sim como vamos reestruturar nosso comportamento para termos o melhor de uma vida longa”.

Também faz uma provocação em relação ao entendimento geral de que os países estão envelhecendo. No artigo, lembra que, nas últimas décadas, a idade média aumentou na França, no Reino Unido e nos Estados Unidos, mas as taxas de mortalidade caíram, o que significa que o cidadão comum está vivendo bem mais. “Se medirmos a velhice como a soma dos anos desde o nascimento, esses cidadãos estão envelhecendo. Mas se pensarmos em velhice como a proximidade da morte, de certa forma essas nações estão mais jovens porque seus cidadãos ainda têm bastante futuro pela frente”, escreveu, mostrando que é preciso encarar a situação de outra forma.

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/04/22/agencia-de-saude-dos-eua-distribuiu-testes-infectados-pelo-coronavirus/

Envelhecer não é problema exclusivo de países ricos. Nações com um grande contingente de jovens terão que se preparar porque essa garotada terá cabelos brancos e os governos têm que garantir que, em 2070, os meninos e meninas que hoje têm 15 anos cheguem aos 65 com saúde e opções. Um dos pontos no qual Scott bate com insistência é a necessidade de apoiar a mão-de-obra mais velha para que permaneça produtiva, já que ela acaba se retirando do mercado a partir dos 50 e, com frequência, involuntariamente. “Vidas longas demandam foco em aprendizado contínuo. Carreiras longas demandam maior flexibilidade para trabalhadores de todas as idades, para que tenham tempo para aprender, para cuidar da família, para reorientar e dar novos propósitos às suas vidas”, ressaltou.

Fonte: G1

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