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CPI pede que Bolsonaro oficialize posição sobre denúncia

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O presidente da República, Jair Bolsonaro, terá que desmentir ou confirmar, publicamente, as declarações do deputado Luís Miranda (DEM-DF) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, de que o chefe do governo sabia da operação de compra de 400 milhões de doses da vacina indiana Covaxin envolvendo R$ 1,6 bilhão, mas não teria agido para impedir ou pedir investigações. O pedido consta da comunicação oficial endereçada nesta quinta-feira ao presidente da República pela CPI.

No texto, assinado pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, que pede a Bolsonaro que ‘se posicione, de maneira clara, cristalina, republicana e institucional, inspirando-se no Salmo tantas vezes citado em suas declarações em jornadas pelo país: ‘Conheceis a verdade e a verdade vos libertará’ (a citação é, na verdade, do livro de João).

A reação do presidente da CPI foi tomada com base em declarações de Bolsonaro quando, também nesta quinta-feira, em contatos com os seus apoiadores no ‘cercadinho’ do Palácio do Planalto, declarou que ‘só na cabeça de um cara que desvia do seu estado 260 milhões, como o Omar Aziz desviou, é que pode falar isso aí. Só um cara que tem 17 inquéritos por corrupção e lavagem de dinheiro no Supremo, como o Renan Calheiros, faz’.

Ao firmar que as denúncias ‘não têm cabimento’, Bolsonaro frisou que ‘quando você pega os filtros do Ministério da Saúde? Tem três ou quatro. Tem o filtro meu, que eu falei: só compro com a Anvisa. E a Covaxin não tinha passado pela Anvisa. E tem mais: depois tem a CGU. Não tem corrupção no governo porque a CGU faz um pente-fino na maioria dos contratos. E depois ainda tem o TCU’.

Também pesou na reação da CPI o fato de o Ministério da Defesa e as três Forças Armadas do Brasil publicarem nota oficial, na noite desta quarta-feira (7), acusando o presidente o senador Omar Aziz, de agir de ‘forma vil e leviana’ contra a atuação militar. Ele deu voz de prisão a Roberto Ferreira Dias, ex-sargento da Aeronáutica e ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde sob acusação de falso testemunho durante o depoimento que prestou ao colegiado. Dias, suspeito de pedir propina na compra de vacinas contra o coronavírus.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), chegou a usar as redes sociais para amenizar a crise entre o Congresso e as Forças Armadas após a prisão de Roberto Dias durante a CPI. Disse que conversou com o ministro da Defesa, general Braga Netto, e que o episódio ‘fruto de um mal-entendido sobre a fala do colega senador Omar Aziz, presidente da CPI, já foi suficientemente esclarecido e o assunto está encerrado.’ Ao dar voz de prisão a Roberto Dias, que foi sargento da Aeronáutica, o presidente do colegiado afirmou que as Forças Armadas deviam estar ‘muito envergonhadas’ de ter seus membros envolvidos em esquemas de corrupção.

Fonte: Monitor Mercantil

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