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Cresceu em drogarias e logo terá 39 farmácias associativistas

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Foto: Divulgação

O farmacêutico Bruno Barbosa Oliveira nasceu em meio a uma família ligada ao ramo farmacêutico. Desde sua infância, passava horas e dias brincando nas lojas mantidas pelos pais em São Paulo (SP). Mal imaginava que um dia estaria à frente de um negócio próprio do mesmo segmento a 3,1 mil quilômetros de distância, em Itapipoca (CE).

Seu pai, Francisco Oliveira, deixou o Ceará na década de 1970, para desbravar a capital paulista.  O objetivo era arrumar um emprego de balconista de farmácia, uma vez que já tinha trabalhado na drogaria de propriedade da família. Com o tempo, ele chegou a ter sua própria loja, mas após divorciar-se de sua mulher, acabou retornando para sua cidade natal.

Já o filho ficou em São Paulo com a mãe, Elizabete Barbosa, que também se aventurou como empreendedora no segmento. “Eu cresci em farmácias. Meus pais não tinham com quem me deixar e eu acabava me distraindo entre os corredores. Naquela época, eu ainda nem tinha a intenção de atuar no ramo”, relembra Oliveira.

Primeiros aprendizados vieram em grandes redes

Sua primeira experiência no varejo farmacêutico foi na Drogaria São Paulo, onde atuou por três anos e aprendeu diversos processos que até hoje são replicados em seu próprio negócio.

Ao chegar a hora de escolher uma formação a opção pelo curso de farmácia foi a mais lógica. Oliveira passou no vestibular e conseguiu uma vaga na Universidade Federal do Ceará. Recém-formado, ele passou a ajudar seu pai nas seis farmácias que ele mantinha em Itapipoca. Mas, a vida no interior do Ceará era muito pacata para o rapaz nascido e crescido na periferia de São Paulo.

Uma breve passagem na farmácia hospitalar

“Com o tempo, decidi retornar à capital paulista, pois não me adaptava ao ritmo da uma cidade pequena”, comenta. De volta, ao invés de retornar ao varejo farmacêutico, Oliveira resolveu dar uma virada na carreira, passando a estudar para concurso público. E acabou sendo aprovado para trabalhar no Hospital das Clínicas de São Paulo, como farmacêutico hospitalar.

“Apesar de tudo, não tenho a menor vocação para esse tipo de trabalho concursado. Fiquei sabendo que meu pai venderia uma de suas farmácias e decidi arriscar. Comprei ‘fiado’ na confiança de que, se desse errado, era só devolver”, brinca.

O começo de uma rede de farmácias associativistas

Na pequena loja no interior cearense, Oliveira fazia de tudo. Era farmacêutico, balconista, gerente e o que mais precisasse. Com a ajuda de apenas um colaborador, tocava o negócio das seis da manhã à meia noite. Para que todo esse esforço valesse a pena, ele contava com seu “primeiro jato propulsor”, como gosta de definir.

No começo de 2010, Oliveira inovou no varejo farmacêutico da região, levando para os pacientes da cidade um programa do Governo Federal que ele já conhecia há muito tempo, o Farmácia Popular.

“Quando trabalhei na Drogaria São Paulo, eles já ofereciam medicamentos pelo programa. Quando vi que ninguém o utilizava na região, me cadastrei na hora. Coloquei faixa na frente loja, anunciei em rádio. Esse foi meu motor para abrir minhas duas próximas lojas”, relembra. Só que isso não foi o suficiente para o primeiro grande desafio que viria a seguir.

Outra grande rede entra na parada

Apesar de nem todas as redes de farmácias se interessarem por cidades com cerca de 100 mil habitantes, há dez anos, uma grande rede viu um potencial na região. Era nada mais nada menos do que as Farmácias Pague Menos, que decidiram fincar bandeira no mesmo município que ele.

Apesar dos conhecimentos adquiridos por trabalhar em uma grande rede em São Paulo, o crescimento das drogarias de Oliveira estagnou e, mesmo para um empreendedor de berço, a situação parecia irreversível.

Foi então que, em 2016, um colega do atacado farmacêutico o convidou para um evento de farmácias associativistas, que contaria com uma palestra de Edison Tamascia, presidente da Farmarcas e da Febrafar. “Fiquei tão encantado com o modelo de negócio que me inscrevi para fazer parte da Ultra Popular na mesma hora”, relembra.

O segundo jato

Para Oliveira, entrar na Farmarcas foi o “segundo jato propulsor” de sua trajetória. Com o auxílio dos especialistas, ele conseguiu entender aquilo que era necessário para se destacar frente à concorrência e deixar de lado o que não contribuiria para o a avanço dos negócios.

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Bruno Oliveira e seu filho, Benício, durante a inauguração de sua primeira Ultra Popular | Foto: Divulgação

“Aprendi muito com eles. Antes eu olhava para as farmácias ao meu redor e nenhuma delas tinham ar-condicionado. Enquanto isso, os especialistas destacavam a importância da loja ser climatizada a fim de atrair e reter clientes e melhorar a experiência do consumidor. No começo, eu achava que seria só um gasto a mais”, conta.

Hoje, Oliveira mantém 27 lojas, sendo 23 da bandeira Ultra Popular e outras 4 da Maxi Popular. E os planos de expansão não param por aí. O empresário está em um processo de fusão que totalizará 39 PDVs em mais de 25 cidades cearenses.

“No começo, as grandes redes estagnaram meu negócio. Hoje, com as ferramentas e apoio da Farmarcas passamos a competir em pé de igualdade”, finaliza.

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