Imunizações – Os números não mente. Crianças e adolescentes estão se vacinando menos no Brasil, é o que apontam dados divulgados pelo Ministério da Saúde.
Algumas imunizações chamam mais atenção do que outras, como é o caso da BCG, que teve queda de 30% na cobertura. Esse imunizante protege contra a tuberculose. Já a vacina contra a poliomelite teve redução superior a 20%. As porcentagens levam como referência os resultados de 2015.
Durante a pandemia de Covid-19, todos podemos observar a ascensão de grupos anti-vacinas no mundo inteiro. No nosso país isso não foi diferente. Mesmo com uma cultura vacinal estabelecida, a disseminação de notícias falsas pode confundir pessoas menos esclarecidas.
Mas não é um fenômeno que surgiu durante o isolamento social, segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações há cerca de 20 anos movimentos contrários a vacinação vem aparecendo e deturpando fatos científicos.
Paulo André Ribeiro, pediatra de Joinville e membro da sociedade, afirma que a comunidade médica fica ‘bastante preocupada, já que no passado alguns trabalhos científicos, de forma errada, tentaram associar a vacina do sarampo com autismo. O pesquisador que divulgou esse estudo acabou perdendo a licença médica depois’.
A principal consequência da queda da imunização em curto prazo seria o aparecimento de doenças que não existiam mais; em longo prazo seria a imunidade de rebanho se perdendo.
O médico afirma que três coisas salvaram a população ao longo da história – primeiro a limpeza da água, segundo a descoberta do antibiótico e, por fim, a criação das vacinas. Essa é uma das maiores estratégias de combate às doenças infecto-contagiosas.
‘A vacina é vítima do próprio sucesso. Ela tem efeitos colaterais, como qualquer medicamento, mas traz benefícios inigualáveis’, conta Paulo André Ribeiro.
Na visão do especialista, as pessoas não veem mais a doença e começam a achar que não existe mais. Além disso, há uma relutância entre os adolescentes, justamente porque eles nasceram em um tempo sem essas ameaças.
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A Sociedade Brasileira de Imunizações alerta ainda sobre a cobertura vacinal em adolescentes.
A medida que a população adulta vai sendo imunizada, a ocorrência de casos vai se desviar para a faixa etária que, até então, era menos acometida – neste caso crianças e adolescentes.
O médico pediatra afirma que muitos pais chegam ao consultório com dúvidas sobre a vacinação para os filhos, mas não é preciso ter medo. As doses da Pfizer, que estão sendo aplicadas nos adolescentes, são aprovadas e regulamentas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Joinville tem dia D de vacinação neste sábado
Assim como outras cidades do país, Joinville também terá o Dia D da Campanha Nacional de Multivacinação neste sábado (16).
A Secretaria Municipal da Saúde tem a meta de regularizar o calendário de outras vacinas, como BCG, hepatite e varicela para crianças e adolescentes com até 15 anos de idade.
O atendimento será realizado em três Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSFs), localizadas em diferentes regiões da cidade: na UBSF Jarivatuba (rua Monsenhor Gercino, 5484), na UBSF Costa e Silva (rua Comandante Telles de Mendonça, 65) e na UBSF Comasa (rua Ponte Serrada, 34), das 8h às 17h.
Para completar o calendário vacinal é necessário comparecer à unidade levando a carteira de vacinação e documento de identificação. As demais UBSFs também possuem o serviço de vacinação em seus horários normais de atendimento, de segunda a sexta-feira. A lista completa pode ser consultada no site da Prefeitura de Joinville (bit.ly/ubsfjlle).
Fonte: Notícias do Dia
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