Uma nova indenização da J&J mantém ativa a longa crise dos talcos. Agora, um cliente de 67 anos afirma ter desenvolvido uma forma rara de câncer em decorrência do uso de um produto contaminado da farmacêutica. As informações são do G1.
Um júri convocado pelo Tribunal Superior do Condado de Fairfiled, em Connecticut, nos Estados Unidos, concluiu que o mesotelioma de Evan Plotkin foi causado pelas décadas de exposição ao talco infantil da Johnson & Johnson. A sentença determina o pagamento de US$ 15 milhões (R$ 84,9 milhões), além de adicionais por danos punitivos, que serão determinados futuramente pelo juiz do caso.
A decisão é uma das mais de 62 mil pendências jurídicas da Johnson & Johnson nos tribunais norte-americanos – todas relacionadas à contaminação de seus talcos com amianto, uma potencial célula cancerígena
“Evan Plotkin e sua equipe de julgamento estão entusiasmados que um júri mais uma vez decidiu responsabilizar a Johnson & Johnson pela comercialização e venda de um produto de talco para bebês que eles sabiam que continha amianto”, afirma Ben Braly, advogado de Plotkin, em um e-mail.
VP discorda de veredito em nova indenização da J&J
Erik Haas, vice-presidente mundial de contencioso da Johnson & Johnson, definiu a sentença como “errôneas”, garantiu uma apelação por parte da companhia e ainda criticou o juiz da primeira instância por “impedir o júri de ouvir fatos críticos sobre o caso”:
“Esses fatos mostram que o veredito é irreconciliável com décadas de avaliações científicas independentes confirmando que o talco é seguro, não contém amianto e não causa câncer”, afirma Haas.
Crise dos tacos cerca J&J de falências
Desde o início dos processos relacionado ao produto, a J&J já solicitou a recuperação judicial de três de suas subsidiárias, tentando responsabilizar empresas menores pela crise e forçar o pagamento de acordos
