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Dasa investe R$ 60 milhões em área genética

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Maior rede de medicina diagnóstica do país, a Dasa já investiu R$ 60 milhões em seu negócio de genética criado há dois anos. O aporte inclui investimentos num centro de processamento de exames, com máquinas de sequenciamento genético, inaugurado nesta semana, que dobra a capacidade da companhia de processar exames genéticos para 100 mil testes por ano. A expectativa é que a nova área, batizada de GeneOne, seja maior do que a própria Dasa no período de dez anos.

“Esse fenômeno ocorreu com a BioReference, que também pertence a uma empresa de medicina diagnóstica dos Estados Unidos, onde esse mercado é bem mais desenvolvido”, disse Emerson Gasparetto, vice-presidente da área médica da Dasa.

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Com cerca de 750 unidades espalhadas pelo país, a rede de medicina diagnóstica registrou uma receita líquida de R$ 3,1 bilhões no ano passado. O grupo é dono de bandeiras como Delboni Auriemo, Lavoisier, Alta Diagnóstica, Sergio Franco, Salomão Zoppi, entre outras.

A capilaridade da companhia no mercado brasileiro é um dos fatores que vêm contribuindo para a expansão da operação de genética. Em muitas regiões não havia, até então, laboratórios que oferecessem testes genéticos, embora os planos de saúde sejam obrigados a dar cobertura para esse tipo exame no tratamento de 35 doenças. A exigência fez muitas operadoras de convênios médicos credenciarem as unidades da Dasa, desde que os novos serviços começaram a ser oferecidos, para evitar que fossem acionadas na Justiça.

Apesar do crescimento, o negócio de exames genéticos ainda é pequeno e deficitário para a Dasa. A área é vista como uma aposta de longo prazo e foi eleita como prioritária pelo presidente da companhia, Pedro Bueno, que no ano passado deixou o dia a dia da operação para se voltar a temas estratégicos e ligados à inovação.

Além dos equipamentos, a companhia está investindo fortemente na contratação de médicos renomados e cientistas de dados especializados em genética ou geneticistas com especialização em dados. São profissionais contratados a peso de ouro, inclusive, com direito a ações da companhia. Gustavo Campana, diretor médico da Dasa, afirma que os equipamentos não são o único diferencial e, sim, a equipe técnica que faz um diagnóstico muito mais apurado. Por exemplo: um equipamento pode apresentar um diagnóstico com 40 mil mutações, mas com a curadoria do profissional esse número cai para 10 mil. “Ou seja, pode haver 30 mil falsos positivos. Isso significa que só ter a máquina não é a solução, ao contrário”, disse.

A Dasa quer se diferenciar no mercado oferecendo também serviços de aconselhamento sobre quais caminhos seguir no tratamento após o diagnóstico, medicina de precisão e análise de informação de pacientes para formação de bancos de dados sobre as características genéticas da população brasileira, que ainda não existe no país.

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Fonte: Valor Econômico

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