Mais transmissível do que outras variantes do coronavírus, a Delta ameaça aumentar o número, a dimensão e o risco dos surtos de covid-19 no Rio Grande do Sul.
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Nos últimos dias, foram divulgadas ocorrências com suspeita ou confirmação da presença da nova cepa em diferentes regiões do Estado, em estabelecimentos como instituições de saúde, asilos e prefeituras, o que contrasta com uma tendência de queda registrada entre o começo de junho e o final de julho – período mais recente com informações consolidadas.
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A quantidade de surtos notificados à Secretaria Estadual da Saúde (SES) recuou 44% ao longo desses dois meses e chegou a 113 episódios ativos na semana epidemiológica encerrada em 31 de julho. Agora, especialistas temem uma reversão desse quadro por conta da proliferação da Delta combinada ao descuido com medidas básicas de prevenção, como uso de máscara e distanciamento. Esse novo cenário pode incluir episódios mais explosivos, com contaminações mais rápidas e em maior quantidade devido à maior capacidade de infecção da mutação.
O monitoramento feito pela SES e publicado regularmente em boletins epidemiológicos serve como indicador da quantidade de transmissões localizadas da covid-19, mas inclui apenas estabelecimentos fechados à circulação do público, como empresas e asilos. Não engloba hospitais, como o Clínicas e o Conceição, em Porto Alegre, onde foram observados surtos nos últimos dias. Ainda assim, serve como termômetro do impacto da pandemia em ambientes específicos que podem servir como fontes para a disseminação do vírus na sociedade.
Fonte: Zero Hora