São Paulo pode dar um exemplo de compromisso com a saúde e a inovação. A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) lançou oficialmente nesta quarta-feira, dia 20, a Frente Parlamentar em Defesa da Cannabis Medicinal e Cânhamo Industrial.
O grupo integra 21 deputados de 12 partidos, com o objetivo de fomentar a discussão e o aprimoramento da legislação e de políticas públicas no estado. O movimento tem o apoio de representantes da sociedade civil, de órgãos públicos e da comunidade acadêmica e científica.
Participaram do lançamento algumas entidades representativas ligadas ao uso da cannabis medicinal. A iniciativa pretende dar voz a todos os atores envolvidos na pauta. É o que garante o coordenador da frente parlamentar e líder do Partido Novo, Sérgio Victor.
“É urgente aliviar o sofrimento de pacientes e seus familiares, desburocratizando processos e facilitando o acesso à terapia, ainda bastante restrita e cara e com uma demanda crescente. Prioritariamente, precisamos reforçar a defesa consciente do uso medicinal da cannabis e permitir que a população em geral possa fazê-lo por meio do SUS”, comenta.
As atribuições do grupo são:
- Analisar proposições e programas que disciplinem os assuntos referentes à cannabis medicinal e do cânhamo industrial
- Apoiar e realizar eventos que incentivem políticas e desenvolvimento de ações com a participação de empresas, universidades, pesquisadores e sociedade civil
- Fomentar iniciativas inovadoras e disruptivas para o mercado
Estudos apontam bons resultados da cannabis medicinal no tratamento de pelo menos 26 condições, como autismo, câncer e Parkinson.
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Cannabis medicinal tem mercado aquecido
A importação da cannabis medicinal apresentou um aumento de 127% no volume de pedidos de importação apenas no primeiro semestre de 2021. Isso levou a Anvisa a reduzir o tempo de análise e aprovação, por meio da RDC 570/2021, que facilitou o acesso ao medicamento.
A agência também aponta que, por ano, a demanda por esse tratamento cresce 400%. Entre 2015 e setembro de 2021, o número de autorizações subiu de 850 para mais de 22 mil.
Segundo a Kaya Mind, empresa de inteligência de mercado para o setor de cannabis, mesmo com a burocracia vigente, a previsão de movimento de mercado para esse ano é de R$ 40 milhões. Em 2020, o setor movimentou R$ 21 milhões.
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Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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