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Dermatologista Jardis Volpe comenta novo uso do ácido hialurônico

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A aplicação profunda da substância levanta a expressão sem necessidade de cirurgia, garantindo um resultado natural e assertivo.

Dê uma olhada nos rótulos dos cremes antissinais e provavelmente um nome recorrente aparecerá em sua formulação: o ácido hialurônico. Mas não é por acaso que o produto, de nome complicado, invadiu as prateleiras de cosméticos. Fabricada pelo nosso organismo, a substância que está presente na pele, nas articulações e até na estrutura ocular atua como um hidratante natural, conferindo elasticidade e viço à derme.

Apesar de ser chamado de ácido, trata-se de uma molécula de açúcar, presente na segunda camada da pele, cuja produção diminui lentamente a partir dos 35 anos. Por isso, ao aplicarmos um creme à base de ácido hialurônico, a pele fica mais hidratada, e as rugas são atenuadas. “Os cosméticos mais modernos contêm partículas de diversos tamanhos do ingrediente, que facilitam a penetração na derme”, comenta a farmacêutica Mika Yamaguchi.

Com a versão em creme conquistando até os mais exigentes, a forma injetável se tornou uma das queridinhas nas clínicas dermatológicas de primeira linha. Seu uso na estética começou no final da década de 1990, para a suavização de sulcos e rugas. Somente nos Estados Unidos, a substância foi aplicada cerca de duas milhões de vezes em 2016, ficando atrás apenas do botox. Ao longo dos anos, o ácido hialurônico foi aprimorado, melhorando sua espessura e integração à pele. A novidade do momento, porém, está na técnica de aplicação. Agora, em vez de ser utilizado como um preenchedor, o produto é manipulado profundamente, com o objetivo de levantar pontos flácidos, eliminando a expressão de cansaço em minutos.

Responsável por cuidar da pele das atrizes Bruna Lombardi e Claudia Raia, o dermatologista Jardis Volpe, de São Paulo, comenta sobre as novas formas de uso do produto, assim como seus benefícios no tratamento da flacidez facial. O médico, que usa tecnologias de ponta para o tratamento da derme, tornou-se um dos maiores adeptos do ácido hialurônico em sua clínica, localizada no bairro dos Jardins.

Como funciona essa nova técnica que trata a flacidez do rosto?

O método segue dois princípios: a escolha de um produto de alta densidade, mais espesso, e uma aplicação profunda, próxima ao osso. O procedimento é feito com uma agulha fina, depositando pequenas quantidades da substância em pontos específicos do rosto, ajudando a sustentar a pele e levantar estruturas acima dela. O ácido atua como um pilar de sustentação para os ligamentos da face – estruturas que conectam a pele ao osso.

Qual a principal diferença em relação ao preenchimento tradicional?

Antes, a aplicação era feita logo abaixo da pele e com produtos menos espessos, com o objetivo de suavizar rugas finas ou sulcos. Na última década, o ácido hialurônico também foi utilizado para dar volume, como nas bochechas e nos lábios, mas os resultados nem sempre agradavam, pois o rosto perdia naturalidade. Atualmente, as aplicações profundas e em pequenas quantidades ganharam destaque por conferir efeito elegante, sem inchaço. Isso é possível porque o produto mais denso sustenta as estruturas acima dele, como o músculo e a gordura da pele. Hoje sabemos que as causas do envelhecimento estão relacionadas a pontos na profundidade do rosto, como a frouxidão dos ligamentos, a reabsorção do osso e o esvaziamento dos compartimentos de gordura.

– (Abril Branded Content/Abril Branded Content)

Por que os resultados são naturais?

A substância se integra muito bem à pele e não se mexe, por exemplo, quando a pessoa sorri ou fala. Além disso, não há aumento ou projeção de volume, como nos preenchimentos superficiais. Já os preenchedores sintéticos, como o metacrilato – que, ao meu ver, deve ser evitado –, podem não acomodar tão bem na pele.

Em quanto tempo é possível observar os resultados?

Eles já aparecem logo após a aplicação. Porém, o produto acomodará perfeitamente após um intervalo de 15 dias. O produto é absorvido, em média, após um ano e o tratamento pode ser reaplicado.

Quais áreas podem ser tratadas?

Todos os terços da face. Podemos, por exemplo, melhorar a flacidez ao redor dos olhos e a queda das bochechas, suavizando o famoso bigode chinês, sem preenchimento direto. O contorno também pode ser aperfeiçoado, aplicando o produto na região pré-auricular e acima das orelhas. Com isso, as expressões negativas são amenizadas, eliminando o ar de cansaço, tristeza, braveza ou flacidez do rosto. Uma técnica para melhorar a papada e a flacidez do pescoço já está em desenvolvimento.

Qual quantidade de ácido hialurônico deve ser usada?

Depende da idade e dos pontos a serem corrigidos. Uma pessoa com pele mais madura demanda mais intervenções. A média varia entre 4 e 12 ml do produto, que podem ser aplicados em até três sessões.

Outras técnicas podem ser associadas ao procedimento?

Sim, de acordo com a necessidade. Podemos combiná-lo ao uso de luzes e lasers que estimulam o colágeno – outra fibra responsável pela sustentação. Além disso, o ultrassom firma a musculatura da face e do pescoço. O arsenal dermatológico está bastante completo, e conseguimos retardar o procedimento cirúrgico com tratamentos pouco invasivos. O lema é preservar a naturalidade, respeitando as proporções de cada um.

(Lailson Santos//Dermatologista Jardis Volpe comenta novo uso do ácido hialurônico/Abril Branded Content)
– (Abril Branded Content/Abril Branded Content)

 

Fonte: Revista Veja São Paulo Online – SP

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