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Dermatologistas querem que MPF atue contra atendimentos irregulares

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A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), instituição reconhecida oficialmente pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Médica Brasileira (AMB) como representante dos dermatologistas no Brasil, quer maior envolvimento do Ministério Público Federal (MPF) no combate a atendimentos irregulares e intervenções estéticas feitas por não especialistas. A entidade protocolou documento em que informa sobre 833 queixas recebidas entre 2017 e 2019.

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A expectativa da SBD é que o Ministério Público tome conhecimento da extensão dos problemas, interfira e acione a Justiça. “O MP já trabalha conosco, já acatou algumas denúncias. O órgão tem a função de zelar pela saúde, assim como a vigilância sanitária”, afirmou o presidente da instituição, Sérgio Palma.

Duque de Caxias

No fim do ano passado, a assistente social Viviane Silva (nome trocado a pedido da fonte), de 29 anos, comemorava a perda de 23 quilos. Ela, no entanto, avaliou que ainda era necessário perder gordura localizada na barriga e contratou um serviço de esteticista em Duque de Caxias (Baixada Fluminense), que viu anunciado em seu próprio perfil numa rede social.

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Viviane pretendia contratar um pacote com massagem modeladora, lipocavitação (com aparelho ultrassom), manta térmica e plataforma vibratória. A esteticista também ofereceu a aplicação de enzimas, por meio de injeção na barriga de lipossoma de girassol (vendidas pela internet), em dez sessões. Após a aplicação, a assistente social passou a sentir dores e exibir manchas na pele.

Ela contou que, em fevereiro, procurou atendimento médico, que verificou infecção e processo inflamatório. “A barriga chegou a ficar preta”, lembra, acrescentando que tem abscesso no abdômen, que tem que ser drenado periodicamente.

Após de se consultar com diversos médicos de diferentes especialidades, das redes pública e privada, Viviane começou a ser atendida no Instituto de Dermatologia do Hospital Geral de Bonsucesso (zona norte do Rio), onde começou a sentir melhoras. O seu caso foi denunciado à Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e o médico a orientou a processar a esteticista.

Lei do Ato Médico

Histórias como a de Viviane Silva têm sido cada vez mais comuns nos consultórios de dermatologistas, segundo Sérgio Palma. “Temos observado a chegada crescente de pacientes em situação semelhante”. De acordo com o médico, quem quer fazer procedimento estético invasivo deve procurar um médico especializado, como prevê a Lei do Ato Médico.

Palma recomenda que as pessoas interessadas em procedimento estético invasivo procurem especialistas no Portal do Médico e no site da SBD. O paciente deve observar o número de registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) e o respectivo Registro de Qualificação de Especialista (RQE), que certifica a residência médica, no caso de dermatologia.

Fonte: IstoÉ Dinheiro

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