A atual crise da falta de medicamentos pode levar a uma investigação em distribuidoras. Segundo o colunista Lauro Jardim, de O Globo, o Ministério da Saúde, a Anvisa e a CMED planejam enviar ofícios ao Cade para apurar uma possível prática anticoncorrencial do atacado em decorrência dessa desabastecimento.
Os órgãos encaminhariam pedidos separados, sob a alegação de que as distribuidoras estariam forçando o Ministério e a CMED a aumentar os preços desses medicamentos, argumentando que estariam com estoques baixos e atendendo demandas do setor público e do canal privado de maneira emergencial.
Falta de medicamentos já atinge 14 remédios imprescindíveis
Uma pesquisa conduzida por seis entidades ligadas ao setor indicou que pelo menos 14 remédios imprescindíveis vivem uma situação de desabastecimento mais crônica no Brasil. O levantamento envolveu 883 profissionais de saúde de todo o país – dos quais 57% são farmacêuticos.
A lista da falta de medicamentos tem como líder a dipirona sódica, voltada para casos de dor e febre e cuja escassez foi apontada por 61,5% dos entrevistados.
Outro medicamento em situação de desabastecimento preocupa especialmente as gestantes. A Ocitocina ampola está em falta para 15,4% dos profissionais de saúde. O fármaco promove a contração uterina e previne o sangramento excessivo após o parto.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
