Documentos mostram que nota fiscal de Covaxin foi emitida antes de pedido de exportação

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Documentos que estão em posse da CPI da Covid mostram que a primeira nota fiscal internacional para pagamento antecipado da vacina indiana Covaxin foi emitida antes mesmo de o governo indiano autorizar a exportação do imunizante.

As informações constam em um ofício do Ministério da Relações Exteriores encaminhado à Anvisa em 24 de março. No comunicado, o Itamaraty relata a pressão do parlamento indiano e da sociedade civil contra a exportação de vacinas fabricadas no país.

Na semana passada, como revelou O Antagonista, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, irmão do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), relatou pressões atípicas para o pagamento antecipado de um lote de 300 mil vacinas contra Covid do laboratório Bharat Biotech, representado no Brasil pela Precisa Medicamentos. Como mostrou com exclusividade O Antagonista, o caso foi relatado ao presidente Jair Bolsonaro.

A primeira nota fiscal para o pagamento de US$ 45 milhões foi emitida em 18 de março, em nome de uma empresa de Singapura, a Madison Biotech. Entretanto, neste ofício de 24 de março, a Bharat Biotech informou que ainda aguardava a autorização emergencial da Anvisa e o respectivo pagamento do adiantamento para pedir o aval do governo indiano para a exportação.

‘A Bharat confirmou, em 23/03, que seria possível apresentar – após aprovação pela Anvisa e pagamento pelo MS – pedido ao governo indiano para exportação de 5 milhões de doses, em lotes de 1 milhão, começando com 2 ou 3 milhões no mês de abril e o remanescente nos meses seguintes’, relata o ofício do Ministério das Relações Exteriores.

Fonte: O Antagonista

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/lobista-da-covaxin-tenta-pressionar-anvisa/

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