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Dois remédios contra doenças graves estão em falta no AME Santos

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A médica veterinária Fabiola Perroni está vivendo um drama desde dezembro: não está conseguindo tomar pontualmente a sua medicação para tratar os efeitos da esclerose múltipla, vivendo todos os dias o medo de a doença avançar sobre a sua vida.

A Tribuna apurou junto à Associação dos Portadores de Esclerose Múltipla da Baixada Santista (Apembs) que a situação não acontece apenas com a veterinária. Segundo a instituição, outros pacientes que fazem uso da medicação Fingolimode, de alto custo, vivem o mesmo drama à espera do remédio.

No caso de Fabiola, apesar de ter uma decisão judicial que deveria garantir o fornecimento da medicação à paciente, toda vez que ela vai ao Ambulatório Médico de Especialidades, em Santos (AME Santos), recebe a mesma resposta: não tem a substância.

“A pressão na nossa vida é muito grande. Vivo sabendo que não estou tomando o medicamente que bloquearia a doença. Fico indignada porque a Justiça acredita que é função do Estado me fornecer o remédio, mas ele não faz o que deve”, desabafa a veterinária, que vive com esclerose múltipla há 10 anos.

“Não tenho sequelas, tenho sintomas não aparentes, como dor muscular, cefaleia, tremores e formigamentos. Graças a Deus, estou estável, mas sem o remédio a gente não sabe o que pode acontecer”, relata.

Outro lado

Por nota, o Departamento Regional de Saúde (DRS) da Baixada Santista reconheceu que o medicamento usado por Fabíola estava em falta. Acrescenta, porém, que ele estará disponível para retirada na Farmácia de Alto Custo nesta quarta-feira (17).

Câncer

A Tribuna também teve acesso à história de Heloisa Zeller. “Também fui ao AME, conforme marcado por eles, no dia 29 de dezembro, e não tinha chegado minha medicação”, relatou. Ela precisa de injeções para controlar nódulos na coluna. “Minha vida se desfazendo, quem pagará por minha vida? É como se recebesse sentença de morte. Até agora nada”, diz.

Segundo o Estado, a paciente faz uso do medicamento Fulvestranto, que não faz parte da lista de produtos do SUS, definida pelo Ministério da Saúde e válida para todo o Brasil.

“A paciente recebe o produto através de solicitação administrativa. O item está em processo de aquisição e a paciente será comunicada tão logo haja ocorra a entrega do produto”, explica a assessoria de imprensa da pasta.

Fatores alheios

A nota diz que o SUS distribui mais de mil tipos de medicamentos em diferentes apresentações no Estado de São Paulo. Apesar de seguir um plano de atendimento, o Estado afirma que “alguns fatores, alheios ao planejamento da pasta, podem ocasionar desabastecimentos temporários”.

Fonte: A Tribuna Online

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