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Dólar sobe quase 2% com inflação dos EUA acima do esperado e apostas de Fed mais agressivo

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dólar à vista fechou em alta de 1,9% frente ao real, cotado a R$ 5,19 para venda, em pregão de forte estresse com o mercado reagindo negativamente aos números de agosto da inflação ao consumidor nos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês).

Com isso, a moeda norte-americana interrompeu uma sequência de três quedas seguidas, em meio aos dados acima do esperado.

O estrategista-chefe da Avenue Capital, William Castro Alves, reforça que o núcleo do CPI, que exclui preços de energia e alimentos, também ficou bem acima do esperado na comparação mensal e na anual.

Segundo ele, o CPI reforçou os comentários recentes de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de que há muito trabalho a ser feito para controlar a inflação no país.

“Fica implícita a ideia de que os juros devem continuar subindo. Segundo as últimas declarações, podem permanecer num patamar elevado até que o trabalho de trazer a inflação novamente ao centro da meta, de 2%”, comenta.

Nem 0,50, nem 0,75. Seria 1 p.p.?

Na semana que vem, tem a reunião de política monetária do Fed, na qual o mercado já sabe que a taxa de juros irá subir.

Contudo, Castro Alves destaca que a elevação dos juros em 0,75 ponto percentual (p.p.) é, hoje, o cenário base.

Entretanto, investidores já antecipam as apostas para a reunião de novembro. “Por ora, as apostas ainda são de mais 0,50 p.p.”, diz.

Porém, a equipe econômica da Guide Investimentos comenta que a inflação americana acima do esperado colocou na mesa a possibilidade de um Fed mais agressivo.

Com isso, viria aí uma elevação de 1 ponto percentual. “Ainda que acreditemos que esse não é o cenário mais provável”, diz.

Amanhã

Amanhã, sai outro dado de inflação nos Estados Unidos, mas ao produtor. De qualquer forma, com a proximidade da reunião do Fed, investidores devem elevar a cautela.

Enquanto isso, o dólar deve seguir valorizado globalmente. Hoje, o Dollar Index avançou 1,5%, ensaiando retorno ao nível de 110 pontos. Antes da divulgação do CPI, o indicador caía abaixo de 107,7 pontos.

Portanto, foi possível ver um tombo de mais de 1,5% do euro e da libra esterlina. Já o dólar australiano caiu mais de 2%.

“A gente já esperava um movimento volátil para o dólar no segundo semestre e ele mais forte em meio à aversão ao risco. Além disso, esperávamos também mais pressão vendedora em ativos de risco”, acrescenta o economista-chefe da Integral Group, Daniel Miraglia.

Fonte: Money Times

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