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Dr. Victor Sorrentino: ‘Medicamentos são conhecidos, não causam risco nem prejuízo’

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Medicamentos – Em entrevista ao Boletim da Manhã desta sexta-feira (23), o médico Victor Sorrentino desmistificou narrativas envolvendo o uso de medicamentos como hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina no tratamento contra a Covid-19, doença causada pelo vírus chinês.

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Com quase um milhão de seguidores no Instagram, o médico é cirurgião plástico, escritor e professor, e compartilha na rede social diversos estudos sobre o coronavírus, abordando, inclusive, a recuperação de pacientes após a doença, o tratamento precoce e até mesmo as consequências da pandemia na saúde mental humana. Sorrentino é criador do curso “Vida & Saúde”, que ajuda pessoas a recuperarem sua saúde física e emocional.

O médico diz ter criticado veementemente médicos e pessoas que, no início da pandemia, correram para comprar a hidroxicloroquina, principalmente porque o medicamento poderia fazer falta a portadores de doenças como Lúpus, já que utilizam a droga como parte do tratamento.

“Eu critiquei naquele momento porque eu sabia que iria faltar droga para pessoas que realmente precisavam e no início tínhamos apenas a possibilidade de uso. E mais: não sabíamos como se alastraria essa pandemia aqui no Brasil”, explicou.

Segundo Sorrentino, os médicos tiveram a atitude de comprar o medicamento por ser barato e oferecer baixo risco à saúde. O médico salienta que a hidroxicloroquina foi utilizada durante o surto de zika vírus no Brasil, incluindo em mulheres grávidas.

“Conhecemos essa droga há muitos e muitos anos. Quando houve o surto de zika vírus no Brasil e foi aventada a possibilidade do uso da hidroxicloroquina, todos o fizeram; independentemente de haver estudos ou não, foi utilizada. E pior: em mulheres gestantes”, disse. “Dito isso, já excluímos boa parte da narrativa e argumentos pífios que estão sendo propagados por aí”, completou Sorrentino.

O médico afirma que, além da hidroxicloroquina, outras drogas como a ivermectina e a nitazoxanida (popularmente conhecida como ‘anita’) não causam risco nem prejuízo.

De acordo com o médico, desde 1984 foram feitas mais de 3 bilhões de prescrições da ivermectina, sendo que apenas dois relatos de casos com problemas hepáticos reversíveis foram notificados.

“Para se ter ideia, o paracetamol é a medicação que mais provoca prejuízo hepático do mundo inteiro e está sendo bastante empregado, sem evidência de que isso melhora qualquer reação à Covid a não ser, talvez, a febre. Por outro lado, temos drogas que são empregadas há dezenas de anos com completa segurança”, explica.

Evidências científicas

O médico também discorre sobre a cobrança por evidências científicas que comprovem a eficácia de medicamentos contra a Covid-19. Segundo Victor Sorrentino, os medicamentos funcionam e sobram estudos que atestam essa afirmação.

“Agora, se a partir desses estudos nós desejamos o ‘Nível A’ de evidência científica, então nós vamos ter que exigir [isso] para mais de 85% das intervenções médicas que não têm ‘Nível A’ de evidência”, argumenta.

“Uma quimioterapia nunca vai ter nível A de evidência, porque não tem como comparar uma quimioterapia a uma pílula de farinha. E por quê? Dado à gravidade da doença. E mesmo assim utilizamos os quimioterápicos, e às vezes são eles que matam os pacientes e não o próprio câncer. Às vezes é o próprio tratamento que mata, mas nós não deixamos de prescrever, porque é a chance que temos de salvar os pacientes”, acrescentou o médico.

Victor Sorrentino enfatiza, no entanto, que a medicina é individual e um medicamento pode não funcionar para todos os pacientes, mas os médicos, conforme o Tratado de Helsinki, devem fazer o que estiver ao seu alcance para salvar vidas.

“É claro que nem tudo é para todos. Então, a medicina já se norteia por isso há muitos e muitos anos, sempre se norteou por tentar tratar o paciente. É o Tratado de Helsinki, que é, aliás, da OMS [Organização Mundial da Saúde], e diz que nós temos que utilizar tudo o que temos de ferramenta para aliviar o sofrimento ou aquilo que pode salvar a vida, dentro da autonomia do próprio médico”.

Ainda conforme Sorrentino, os dois únicos estudos que mostraram algum grau de lesão à administração da hidroxicloroquina são “vergonhosos”.

“[O estudo conta] inclusive com os nomes de alguns brasileiros que eu acho que estão sendo investigados pelo Ministério Público. Utilizaram uma dose tóxica de hidroxicloroquina para matar, literalmente, os pacientes. Esses são os verdadeiros genocidas”, afirma. Sorrentino referia-se ao estudo feito em Manaus que usou overdose de hidroxicloroquina para alegar ineficácia do medicamento.

“Aliás, alguns médicos que participaram desses estudos, participam de algumas sociedades médicas importantes brasileiras. E estão aí, e ninguém fala nada, porque não aparece na mídia. Mataram as pessoas dando doses tóxicas de hidroxicloroquina, e nós nunca sugerimos o uso de dose tóxica de nada. Se eu der dose tóxica de água, eu mato o paciente de insuficiência renal”, afirmou dr. Sorrentino.

Narrativas e ideais políticos

Para Victor Sorrentino, existe uma grande narrativa por trás dos ataques ao tratamento precoce contra o coronavírus.

“Claro que a gente tem uma grande narrativa por trás, ideais políticos nessa história, médicos que infelizmente não sentaram para estudar e ficam esperando que as suas sociedades corruptas médicas, que são financiadas pela indústria farmacêutica, digam o que fazer, quando na realidade é o médico que precisa avaliar esse caso”, critica.

“A maioria dos tratamentos que fazem não tem ‘Nível A’ de exigência científica. Por que exigir agora? O mais lamentável é que os médicos estejam participando disso, deveriam ficar a par dessa situação política e tratar os pacientes. Essa é a coisa mais importante”, aponta.

Fonte: Terça Livre

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/05/04/lucro-da-pague-menos-salta-380-no-primeiro-trimestre/

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