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EmpreInove traça tendências das empresas do futuro

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A transformação digital, o cenário de retração no consumo e a mudança no comportamento do consumidor exigem dos empreendedores novas estratégias. Nos últimos anos, com a recessão econômica, o “fazer mais com menos” se tornou um mantra nas instituições. Agora é uma resposta insuficiente frente aos desafios.

Esses foram alguns dos assuntos do Fórum Estadual de Empreendedorismo, Estratégia e Inovação (EmpreInove). A programação ocorreu ontem, no Clube Tiro e Caça (CTC), em Lajeado.

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Em linhas gerais, os palestrantes afirmam: para sobreviver no mercado é preciso estar atento às dinâmicas da sociedade. Não é criar necessidades, mas entregar o que o cliente quer. Essa conduta permeia diferentes movimentos. Indicar possíveis caminhos, evitar erros comuns e adotar filosofias alinhadas com os conceitos de integração, compartilhamento e de busca incessante por qualificação são necessidades prementes para alcançar os objetivos da empresa e também das pessoas.

Mais de 400 pessoas, entre líderes empresariais, gestores e autoridades públicas acompanham a programação. Os palestrantes foram o diretor de Recursos Humanos do Mc Donalds, Marcelo Nobrega; o diretor presidente da Dimed, Júlio Mottin e o CEO da Dale Carnegie, Guilherme Amaral.

Também contou com o painel “Inovação e as transformações das equipes, com diferentes gerações e modelos mentais nas empresas.” O debate foi mediado pelo CEO da Cenex, Paulo Amorim, com a participação do líder da transformação digital da Sicredi, Tiago Nicolaidis e do CEO da Soprano, Paulo Gehlen.

“O primeiro de muitos”

A presidente da Acil, Aline Eggers, relembrou o trabalho de organização do evento. De acordo com ela, os assuntos ligados ao impacto da tecnologia, a necessidade de inovação e de formar equipes eficientes são desafios diários dos empreendedores.
Na avaliação dela, o EmpreInove surge para aproximar experiências e soluções para os empresários locais. “Quando o Adair (Weiss, diretor geral do Grupo A Hora) trouxe a ideia, percebemos a nobreza do evento.”

De acordo com Aline, o evento cria um fórum de conhecimento em um mundo em transformação contínua. “Esperamos que seja o primeiro de muitos. Pois inovar é mais do que buscar o sucesso. É essencial para a sobrevivência dos negócios”, afirma.

O diretor-geral do A Hora, Adair Weiss, realça o propósito do evento em despertar a inquietude e proporcionar aos líderes oportunidades de enxergarem oportunidades e inovar. “A dinâmica atual exige novos modelos mentais. Tudo hoje está muito rápido e o EmpreInove é um momento de pararmos para pensar.”

O EmpreInove é realizado pelo Grupo A Hora em parceria com a Acil, e tem apoio de Fruki e Cenex. Entre os patrocinadores são Interact, Girando Sol, Languiru, Imec e Sicredi Integração RS/MG.

“As pessoas não cabem em caixinhas”

A abertura do EmpreInove foi com o diretor de Recursos Humanos do Mc Donalds, Marcelo Nobrega. Há alguns anos, a rede mundial de restaurantes vivia um impasse no Brasil.

O percentual de rotatividade pessoal alcançava 180%. Cada unidade do Mc Donalds tem 26 funções. Os contratados aprendem sobre todas elas. Eram três meses só de treinamento. No mês de começar o trabalho de fato, os jovens saíam. “Na maioria das vezes eram pessoas no primeiro emprego.”

Com uma resposta dos clientes de que o atendimento estava muito frio, a padronização começou a ser repensada. Os uniformes, o formato de atendimento. “O padrão era evitar filas. Chegar, pedir o número do lanche. Sem espera, sem fila.”
O atendente baixava a cabeça, os olhos ficavam atrás do boné, e se perdia o contato humano. “O cliente passava a agir de uma forma ruim. E o atendente sentia.”

A virada de chave ocorreu com a proximidade e a customização. Primeiro interna, com os funcionários. “Por vezes, eu fui na casa deles, vi quem eram. Seus desejos, como iam para o trabalho. Um desses rapazes comprou uma bicicleta, não para lazer, para dar para o pai. Para não precisar mais ir a pé para o trabalho. Vou dizer, se depender dessa geração, o Brasil tem um grande futuro.”

De acordo com ele, criar rótulos diminuem o outro. “As pessoas não cabem em caixinhas. Elas são únicas e insubstituíveis.”
Com a maioria de funcionários jovens e no primeiro emprego, a direção resolveu transformar esse trabalho em algo diferente, para eles levarem esses conhecimentos para o resto da vida. “Descobrimos que eles queriam aprender mais sobre liderança e empreendedorismo.” Da série de mudanças, conseguiram reduzir essa rotatividade para 60%.

Economizar tempo

A experiência digital da rede de farmácias Panvel foi a temática central abordada pelo diretor presidente da Dimed, Júlio Mottin. Por meio da tecnologia, a rede criou uma série de serviços. Tudo para economizar o tempo do cliente.
De acordo com ele, o consumidor passou a ser o principal elemento de pressão por mudanças dentro das organizações. É ele que exige respostas mais rápidas para o atendimento das suas necessidades. Com a adoção dessas medidas para o ambiente digital, a rede de farmácias alcançou 10% do faturamento por meio das novas tecnologias. No RS, a média das empresas com algum movimento nesse novo ambiente é de 2%.

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2019/11/06/justica-manda-rede-de-drogarias-vender-remedios-que-ainda-nao-venceram-em-cuiaba/

Relação de confiança

CEO da Dale Carnegie MG/PR, Guilherme Amaral falou sobre os modelos de comportamento capazes de melhorar o desempenho das equipes por meio da liderança. Segundo ele, existe uma lacuna de motivação entre o que a pessoa sabe e o quanto ela coloca esse conhecimento em prática, e o líder precisa inspirar para o desempenho.

“Mas aqui tem uma péssima notícia, não existe ferramenta de liderança, e sim fórmulas de comunicação. A liderança é algo que precisa vir de dentro de você”, afirma. Conforme Amaral, liderança é um comportamento que ajuda as pessoas a redefinirem suas prioridades.

“É uma relação baseada no tripé, confiança, respeito e credibilidade. Não tem atalho”, destaca Para isso, é preciso ouvir as pessoas perceber seus pontos de vistas e estabelecer empatia. Dessa forma, é possível criar condições de trilhar uma estratégia que resulte no envolvimento das pessoas e traga melhores resultados para as empresas.

Fonte: Jornal A Hora

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