Uma colaboradora, vítima de racismo recreativo no ambiente de trabalho, ganhou uma ação movida contra o RD Saúde, grupo composto pela Droga Raia e Drogasil. As informações são do Valor Econômico e do portal Painel de Riscos.
O caso tramitou na 6ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP). A vítima apresentou um vídeo em que era ofendida devido a sua cor de pele por uma colega de trabalho.
Na filmagem, a agressora fala que “a loja está escurecendo” e que “acabou a cota, negrinho não entra mais”. Em sua defesa, a rede de farmácias afirmou que tudo não passou de uma brincadeira.
Juíza afirma que racismo recreativo “ofende a dignidade” da vítima
Em sua decisão, a juíza-relatora Erotilde Minharro afirmou que não há como provar que o caso de racismo foi apenas uma brincadeira.
Além disso, ela apontou que o comportamento da agressora “ofende a dignidade e a honra subjetiva da empregada”, o que configura dano moral.
A magistrada ainda explicou que o conceito de racismo recreativo se configura por “uma forma de discriminação disfarçada de humor”.
Em 1º grau, a RD Saúde já havia sido condenada a pagar R$ 37 mil em indenização para vítima, valor esse que foi mantido com a nova condenação.
Procurada pela reportagem do Panorama Farmacêutico, a rede, até o momento da publicação, não se pronunciou.
