Uma percepção do cardiologista Ítalo Martins o motivou a criar a Fiibo, startup que pretende se tornar o “Mercado Livre da saúde”. Fundada em 2022, a healthtech opera como uma multiplataforma de saúde e bem-estar, conectando diversos segmentos do setor em um único lugar. As informações são do portal Startups.
“O segmento da saúde é o único que ainda não tinha um marketplace multiproduto que conectasse todo o mercado”, explica o médico. “Todo mundo gostaria de ter um Mercado Livre da saúde, um lugar onde qualquer pessoa pudesse comprar tudo aquilo que fosse necessário para promover o seu bem-estar, de forma fácil e simplificada. É algo que empodera o cliente final”.
Com mais de 1.300 produtos em seu catálogo, distribuídos entre nove categorias, como planos de saúde e odontológicos, medicamentos, estética, telemedicina, a startup ainda atua apenas no mercado B2B, oferecendo seu vale-saúde para empresas de todo o Brasil. O sistema é similar aos vales alimentação e refeição, já conhecidos por boa parte da população e conta também com serviços como a Wellhub (ex-Gympass) e Zenklub.
“A pessoa tem um valor a cada mês e escolhe como quer gastá-lo, seja com o plano de saúde, se quer um atendimento por telemedicina ou não, pegar desconto em farmácias, entre outras soluções, o que aumenta a satisfação e o engajamento”, explica o fundador.
“Mercado Livre da saúde” busca posição inédita
Sonhando em ampliar sua atividade para consumidor final, alcançando o mercado B2C, a Fiibo se consolidaria em uma posição inédita no mundo, já que ainda não existem marketplaces nesse modelo com atuação multiproduto. “Por enquanto, ainda é inviável ter um marketplace B2C nesse setor, porque não há infraestrutura horizontal adequada”, diz o empreendedor. “Não é um plano de curto e médio prazo, mas é o que seremos no futuro”, acrescenta.
A projeção, no entanto, não parece ser apenas um plano esperançoso. Em 2023, durante sua primeira rodada de investimentos, a startup captou mais de R$ 17,5 milhões. A healthtech alcançou, ainda, um valuation de R$ 77,5 milhões, quando recebeu um aporte privado de R$ 11 milhões, triplicando sua avaliação em pouco mais de um ano. Em junho de 2024 foi oficializado um novo investimento, desta vez de uma corporate venture capital da Vivo, mas com um valor não divulgado.