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Entenda as doenças do coração na lista de comorbidades para vacinação

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Comorbidades – Com a expectativa para o início da vacinação de pessoas com comorbidades contra a Covid-19 nos próximos dias, pacientes estão se organizando com a documentação a ser apresentada para liberação do agendamento, especialmente as declarações médicas. Prova disso é o aumento da procura por serviços onde o cardiologista e ecocardiografista Fabio Roston atua em Londrina. Dentre as doenças cardiovasculares mais comuns da lista de comorbidades do Plano Nacional de Operacionalização da Vacina Contra a Covid-19, o especialista cita a hipertensão e o infarto.

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‘Até os médicos estão olhando com atenção para essa lista de comorbidades porque envolve uma série de questões. Muita gente que tem pressão alta está indo nos consultórios em busca do atestado, mas é somente um público específico que tem direito a ser vacinado neste momento. É importante esclarecer’, diz Roston.

Em Londrina, quem faz o acompanhamento de qualquer uma das comorbidades listadas em uma Unidade Básica de Saúde não precisa do atestado clínico. A secretaria municipal de Saúde esclarece que nesses casos, o sistema busca o prontuário automaticamente.

A listagem das doenças para definir o grupo de comorbidades leva em consideração as pessoas que têm doenças graves e, consequentemente, um maior risco para complicações em uma eventual infecção pelo novo coronavírus. De acordo com o médico, qualquer vírus quando ataca o coração pode deixá-lo mais fraco, ou pode exigir mais dele também. ‘Com o corpo fica inflamado o coração começa a bater mais rapidamente até chegar a um esforço insuficiente. É um estado que chamamos de hiperdinâmico’, comenta.

HIPERTENSÃO

A PNS (Pesquisa Nacional de Saúde) 2019, divulgada em novembro do ano passado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apontou que a hipertensão é o diagnóstico mais frequente entre as doenças crônicas, atingindo 38,1 milhões de brasileiros. É justamente essa a condição que tem gerado muitas dúvidas entre os pacientes.

Na lista de comorbidades para vacina da Covid-19, a doença aparece em três categorias: a Hipertensão Arterial Resistente, quando ela se mantém acima das metas recomendadas, levando o indivíduo a fazer uso de três ou mais medicamentos; a Hipertensão Arterial estágio 3, com valores de referência maior ou igual a 180 mmHg (sistólica) e/ou maior ou igual a 110mmHg (diastólica), independente de lesão ou comorbidade; e a Hipertensão Arterial estágios 1 e 2 com comorbidade e/ou lesão.

‘São vários tipos de pressão alta, o que dificulta até o diagnóstico. E a gente busca, com exames, saber se a pressão alta já está fazendo mal para o corpo. Os pacientes hipertensos que entram nos critérios do Plano de Imunização são, basicamente, aqueles que mesmo tomando remédios inspiram cuidados, porque ou não conseguem controlar a doença ou o coração já está ficando mais grosso ou mais fraco’, resume.

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

Na lista, a doença descrita com ‘fração de ejeção reduzida, intermediária ou preservada (em estágios B, C ou D, independente de classe funcional da New York Heart Association)’ envolve casos de pacientes que estão com o coração comprometido, sem força suficiente para manter a demanda metabólica necessária para o corpo. Normalmente, esses indivíduos apresentam cansaço excessivo e falta de ar.

COR-PULMONALE CRÔNICO

‘É quando o coração adoece por conta do aumento da pressão dos vasos pulmonares’, explica o cardiologista, ao comentar que a gravidade pela Covid nesses pacientes com doença pulmonar é porque a chance de piora é muito maior’, ressalta.

CARDIOPATIA HIPERTENSIVA

O médico explica que essa é uma consequência da hipertensão que pode levar a alterações na estrutura e função do órgão como o aumento de tamanho ou o surgimento de lesões.

SÍNDROMES CORONARIANAS CRÔNICAS

“Nos casos dessas síndromes, estamos olhando mais para a parte ‘hidráulica’ do coração. São as artérias do coração que estão fechadas ou perto disso. É o que provoca o infarto’, responde.

VALVOPATIAS

Neste grupo de pacientes são consideradas as lesões valvares com repercussão hemodinâmica ou sintomática ou com comprometimento miocárdico. Roston explica que as valvopatias são doenças que atingem as válvulas cardíacas, prejudicando o funcionamento correto. ‘Podemos ter problemas de válvula que não abrem ou não fecham corretamente. Quando isso ocorre surgem problemas que podem ser tratados com cirurgia, dependendo da condição do paciente’, afirma.

MIOCARDIOPATIAS E PERICARDIOPATIAS

Miocardiopatias de quaisquer etiologias ou fenótipos; pericardite crônica; cardiopatia reumática. De acordo com o cardiologista, são inflamações do músculo cardíaco e o pericárdio (lâmina que envolve o coração que pode produzir mais água que o normal ou se tornar mais rígida), que enfraquecem o coração, dificultando o fornecimento de sangue para o corpo.

ARRITMIAS CARDÍACAS

‘É o que eu chamo como problemas elétricos do coração. É um termo genérico para tudo que sai fora do ritmo normal do coração. Nesta condição citada pelo Ministério da Saúde se enquadram os pacientes que têm muitas crises, dor no peito, mal-estar, têm desmaios e dificuldades para realizar atividades diárias’, explica.

CARDIOPATIAS CONGÊNITAS

A lista considera também doenças do coração presente desde o nascimento, com repercussão hemodinâmica, ou seja, que traz como consequências a insuficiência cardíaca, arritmias importantes e comprometimento do coração como um todo.

PRÓTESES E DISPOSITIVOS

Próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados são os portadores de próteses biológicas ou mecânicas e marca-passos, cardio desfibriladores, ressincronizadores, assistência circulatória de média e longa permanência. ‘São pacientes que passaram por cirurgia para corrigir os problemas das válvulas. As próteses valvares podem ser feitas de tecido animal ou metal. Na questão dos marca-passos, assim como ressincronizadores e desfibriladores, são pacientes que trataram os problemas elétricos do coração e, na maioria dos casos, possuem outros problemas de coração associados’.

DOENÇAS DA AORTA

‘Os aneurismas são a dilatação anormal da aorta, maior vaso do corpo humano’, descreve. A condição é grave porque pode provocar, dentre outras alterações, hemorragias internas.

Vale lembrar que cada doença se manifesta de forma diferente em cada indivíduo e, portanto, a orientação é que os pacientes esclareçam suas dúvidas com o cardiologista que o acompanha.

Fonte: Folha de Londrina Online

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/05/04/lucro-da-pague-menos-salta-380-no-primeiro-trimestre/

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