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Entenda por que um grupo de pediatras pede para que as aulas presenciais nas escolas públicas sejam priorizadas

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Um grupo de 150 pediatras do Rio lança hoje uma campanha cobrando o poder público para preparar e priorizar escolas públicas em planos de retomada às atividades presenciais. Isso significa, segundo eles, priorizar esses espaços em detrimento de outros setores, como comércio, bares e boates.

— Isso está sendo solenemente ignorado pela sociedade brasileira. O MEC não se manifestou, estados e municípios não fizeram obras, e estamos a menos de dois meses de 2021. Há um risco altíssimo de termos outro ano sem escola, o que seria um massacre para a infância — diz Daniel Becker, do departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade de Pediatria do Rio de Janeiro e um dos autores da campanha #LugardeCriançaénaEscola.

A estratégia sugerida pelo grupo é a que tem sido colocada em prática em alguns países europeus que vivem uma segunda onda já estabelecida. Embora a França, o Reino Unido, a Alemanha e a Espanha tenham aprovado medidas muito restritivas em setores da economia, desta vez deixaram as escolas abertas, ao contrário do que aconteceu em março.

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“As nossas crianças mais vulneráveis, nas periferias e bairros pobres do país, estão submetidas a sérios riscos para sua saúde. Estão sendo colocadas em creches clandestinas, sem regulamentação; expostas à violência doméstica e urbana, a acidentes de trânsito ou domésticos; com sua segurança alimentar ameaçada; sem estímulo, perdendo janelas importantes para seu aprendizado, desenvolvimento cognitivo e psicomotor, e em risco para transtornos emocionais como depressão e outros”, alerta a campanha #LugardeCriançaénaEscola.

— Para poder reabrir as escolas, primeiro tem que fechar lugares que causam aglomerações e são verdadeiros bailes de contaminação — afirma a pneumologista Patricia Canto, que não tem vínculo com a campanha, mas foi coordenadora-geral de uma pesquisa da Fiocruz que determinou parâmetros seguros para a volta às aulas. — E uma série de medidas de segurança devem ser pensadas para o retorno. O que não é possível é ter que esperar a vacina para que isso ocorra.

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Na última semana, o grupo Ciência pela Educação, de pediatras de São Paulo, já havia se manifestado pela volta às aulas presenciais. A posição é apoiada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo e das Sociedades de Pediatria de Rio e São Paulo.

Medidas de segurança

Para a volta segura, algumas medidas devem ser tomadas. Confira algumas recomendadas pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, pela Sociedade de Pediatria de São Paulo, pela Sociedade de Pediatria do Rio de Janeiro e por infectologistas:

Adequações físicas da escola:

Redistribuição de cadeiras, com redução da capacidade de alunos, em sala de aula para distanciamento dos alunosSinalização de onde as pessoas devem andar para manter distanciamento nos corredoresReforço na ventilação das salasReforço na higieneProibição do uso de instalações e equipamentos coletivos, como refeitórios e brinquedos

Comportamento durante as aulas:

Uso de máscarasEstímulo de atividades em áreas externasMedição de temperatura na entradaIsolamento dos casos cujos sintomas suspeitos apareçam durante o período que estão na instituição de ensino em área ou sala reservadaHorários de entrada, intervalo e saída diferentes entre as turmas

Ações dos governos:

Treinamento de equipe educacional das práticas de higiene e de distanciamento físicoDistribuição de máscaras para professores e alunosAdoção de política de testagem para profissionais e alunosIntegração de escolas e serviços de saúde para o devido monitoramento de casos suspeitos e contatantesAcompanhamento dos alunos que faltarem às aulas presenciaisCuidados com os contatantes dessas crianças e adolescentes para que as famílias possam entender e aplicar os cuidados minimizando as possibilidades de contágio

Recomendação aos pais

Não mande seu filho para a escola se ele estiver febre, tosse ou o mínimo sinal de alguma doença.Oriente a criança a não compartilhar qualquer objeto, como copo, talher, brinquedos ou materiais didáticoA máscara de tecido tem que ser trocada a cada duas horas. Então, se a criança ficar seis horas na escola, é preciso de pelo menos três máscarasMande o álcool em gel na mochila da criança e a ensine a passar regularmenteE explique para ele as formas de prevenção, como lavar as mãos com regularidade, usar a máscara o tempo todo, mater distância das pessoas e, se tossir ou espirrar, tampar a boca com o braço e depois lavar

Na volta da escola

Higienize a mochila e os objetos da escola com álcool em gel ou água e sabãoNão deixe, em hipótese alguma, a criança entrar com o tênis da rua em casaFaça com que ela troque de roupa e tome banho imediatamente quando chegar em casaLave o uniforme diariamente

Fonte: Yahoo Brasil

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