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Equipe da OMS que estudará origem do coronavírus em Wuhan encerra quarentena e deixa hotel

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A equipe de especialistas médicos liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que está na cidade chinesa de Wuhan encerrou a quarentena nesta quinta-feira (28). O grupo, que investigará as origens da pandemia da Covid-19, deixou o hotel após 2 semanas.

Segundo a Reuters, a equipe embarcou em um ônibus depois das 15h (horário local) sem falar com jornalistas. A visita do grupo é sensível para Pequim, e os especialistas vão trabalhar sob estritas medidas de segurança.

Embora a China tenha controlado amplamente a pandemia em seu território, também frustrou as tentativas independentes de rastrear suas origens.

Até agora, a Covid-19 matou mais de dois milhões de pessoas em todo o mundo.

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Denúncias de familiares

Os familiares das vítimas do coronavírus na cidade disseram nesta quarta-feira (27) que as autoridades da China eliminaram seu grupo nas redes sociais e estão pressionando-os para que mantenham silêncio durante a visita dos especialistas.

Dezenas de familiares se uniram na internet para pedir responsabilidades às autoridades de Wuhan, as quais culpam pela má gestão do surto que assolou a cidade há um ano. Seus esforços foram frustrados até agora pela obstrução oficial, pela vigilância dos grupos nas redes sociais e pela intimidação, denunciam os familiares.

Mas a pressão se intensificou nos últimos dias, aparentemente para silenciar qualquer crítica durante a delicada investigação da OMS.

Mas a pressão se intensificou nos últimos dias, aparentemente para silenciar qualquer crítica durante a delicada investigação da OMS.

Um grupo na rede social WeChat, usado por entre 80 e 100 familiares no último ano, foi removido repentinamente e sem explicação alguma há cerca de dez dias, disse Zhang Hai, membro do grupo e muito crítico da gestão da epidemia.

“Isso mostra que [as autoridades chinesas] estão muito nervosas. Têm medo de que essas famílias entrem em contato com os especialistas da OMS”, disse Zhang, de 51 anos, cujo pai morreu no início da pandemia por suspeitas de Covid-19.

“Isso mostra que [as autoridades chinesas] estão muito nervosas. Têm medo de que essas famílias entrem em contato com os especialistas da OMS”, disse Zhang, de 51 anos, cujo pai morreu no início da pandemia por suspeitas de Covid-19.

Outros familiares confirmaram a eliminação do grupo. O WeChat pertence ao gigante digital chinês Tencent. Na China, as plataformas mais populares retiram frequentemente os conteúdos considerados censuráveis pelo governo.

Desconfiança nos dados

Os familiares acusam os governos provinciais de Wuhan e Hubei de permitir que a Covid-19 se descontrolasse, primeiro para tentar ocultar o surto quando surgiu pela primeira vez na cidade, em dezembro de 2019, e depois para não alarmar o público.

Segundo os dados oficiais chineses, a Covid-19 matou quase 3.900 pessoas em Wuhan, a grande maioria dos 4.636 mortos registrados na China. Muitos familiares desconfiam desses números devido à falta de testes nos primeiros dias do surto.

O governo de Wuhan não respondeu às perguntas da AFP sobre as famílias e suas denúncias.

Zhang pediu aos especialistas da OMS que se reúnam “com coragem” com os familiares, embora reconheça que esse encontro é muito pouco provável.

Zhang pediu aos especialistas da OMS que se reúnam “com coragem” com os familiares, embora reconheça que esse encontro é muito pouco provável.

Fonte: G1

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