Com previsão de queda de 7,2% na atividade em março e em abril, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) reviu ontem suas projeções para a economia. Nos três cenários, a principal variável é o ritmo de vacinação, mas para as fábricas vê como maior problema a “falta de insumos e matérias-primas, consequência da desestruturação das cadeias produtivas”.
As dificuldades de fornecimento começaram antes do primeiro caso de covid no Brasil, com a freada das atividades na China, e se agravaram com a retomada industrial que se acentuou a partir de junho passado. No final de 2020, 75% das empresas relataram problemas de abastecimento. Outra preocupação é a desvalorização do real, que elevou preços desses materiais.
Com inflação ao consumidor (IPCA) de 4,25% em 2020, e a do produtor em 18,5% (medida pelo Índice de Preços ao Produtor da Indústria de Transformação), a entidade alerta que “o aumento do custo de produção foi absorvido pelas empresas” e admite que “o estrangulamento da margem de lucro pode tornar inevitável o repasse para o consumidor, mesmo em cenário de demanda mais fraca”. Simplificando: vem aí mais aumento de preços.
Para a economia como um todo, a CNI faz três cenários. O otimista teria imunização acelerada, reação rápida a partir de maio e alta de 4,5% no PIB. O pessimista, em que “a piora significativa da situação sanitária obrigará os entes públicos a endurecer” as restrições, teria avanço de 0,6%.
O mais provável inclui medidas restritivas amplas e duradouras, menores do que as de 2020, ainda representaria crescimento de 3% no ano
Fonte: Jornal Zero Hora – RS
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