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Especialistas esclarecem detecção da Covid-19 e alertam para possível ineficácia de testes de farmácia

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Muita atenção se você está correndo para as farmácias em busca de um teste rápido para saber se tem ou não Covid-19: além da incerteza sobre a procedência e a validação de tal teste (os fabricantes são muitos e os produtos têm qualidades distintas), o resultado negativo para o SARS-CoV-2 por métodos imunológicos, que é justamente o caso destes testes, não exclui a possibilidade de infecção pelo vírus, principalmente nas fases iniciais da doença, e pode fazer você circular entre outras pessoas com a falsa ilusão de que não está transmitindo a doença.

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— O teste imunológico é baseado na resposta de anticorpos produzidos pelo organismo frente à infecção pelo coronavírus, o que leva um tempo e pode variar para cada indivíduo. Para que seja efetivo, ele precisa ser feito entre os primeiros sete a dez dias desde o início dos sintomas. Antes disso, ocorre uma “janela imunológica” onde ainda não há anticorpos suficientes, e a realização do teste desrespeitando este período gera um resultado falso negativo — explica Carlos Eduardo dos Santos Ferreira, presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial.

Da mesma forma, pacientes podem carregar o vírus no corpo sem desenvolverem a doença e anticorpos, o que seria identificado apenas por um outro tipo de teste, o molecular (como o Rt-PCR), que faz a detecção do próprio vírus a partir de seu material genético. Mais conclusivo e podendo ser aplicado logo no início dos sintomas, o teste, no entanto, é mais complexo e tem resultados mais demorados que os imunológicos (sua versão rápida ainda não chegou ao Brasil), por isso o uso de diversos tipos de testagens, de forma estratégica, durante uma pandemia.

— O RT-PCR identifica a pessoa infectada pelo vírus, em média, até o 12º dia de sintomas. Mas se a pessoa tem a infecção, ela pode ter ou não a doença, pode não ter sintoma, ter sintomas leves ou graves — diz a médica patologista Kátia Ramos Moreira Leite, diretora da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP).

Orientações sobre se é para fazer o teste, que tipo de teste fazer e em qual momento a pessoa deve ser testada devem ser conduzidas por um profissional de saúde, que saberá interpretar os resultados, afirmam os especialistas.

Fonte: Jornal Extra (RJ)

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