Levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS) revela que 18,6 milhões de brasileiros, quase 10% da população, sofrem com crise de ansiedade. Trata-se do maior número de pessoas com a doença em um país no mundo. De acordo com a médica Tamires Cruz, especializada em saúde mental, a extensão do efeito da ansiedade em um indivíduo depende de vários fatores.
Independentemente da gravidade e do tipo de transtorno de ansiedade, vários sintomas são comuns:
- Sentimentos de pânico
- Medo e desconforto
- Preocupação demasiada, principalmente, com situações cotidianas
- Falta de sono
- Falta de ar
- Tensão muscular
- Fadiga
- Comportamentos compulsivos
- Tonturas
- Náuseas
- Mãos frias e suadas
Se a pessoa apresentar um desses sintomas regularmente, é bom que ela acenda o sinal de alerta e consulte um médico para determinar se sofre de algum transtorno de ansiedade e qual sua dimensão. “A boa notícia é que ansiedade, como qualquer outro problema de saúde, tem tratamento”, afirma a médica. Além de medicamentos, existem outras estratégias que podem ajudar a combater o problema.
Confira oito práticas que ajudam em uma crise de ansiedade
Atenção plena:
A prática é boa para combater a ansiedade porque faz com que a pessoa se preocupe menos com o que aconteceu no passado e com o que acontecerá no futuro.
Técnicas de respiração:
Controlar a respiração também ajuda a diminuir os sintomas de ansiedade. Ao relaxar o corpo e respirar lenta e suavemente pelo nariz, a pessoa consegue equilibrar seus padrões respiratórios e acalmar o sistema nervoso.
Gerenciar os próprios pensamentos:
Não raramente, a ansiedade é sentida em decorrência de um volume extenso de pensamentos que fazem com que a pessoa se preocupe excessivamente.
Gerenciar as atividades:
Uma vida agitada (profissional e pessoal), sem tempos para pausas também pode agravar sintomas de ansiedade. A recomendação é que o indivíduo trace um plano estratégico, para organizar suas tarefas e colocar sua vida em perspectiva.
Gerenciar o tempo:
Outra grande estratégia para buscar diminuir os gatilhos que despertam a ansiedade. Para isso, é recomendável fazer uma lista com todas as atribuições diárias, estabelecendo ordens de prioridade para cada tarefa.
Entrar em sintonia com pensamentos e sentimentos:
A propensão à ansiedade está intrinsecamente relacionada a pensamentos autodestrutivos que costumam dominar a mente em situações estressantes, causando sensações grandes de incômodo.
Ter boas noites de sono:
A falta de sono é um dos fatores que costumam piorar os quadros de ansiedade em quem sofre com o transtorno. É necessário cuidar do ambiente do quarto, preocupando-se com a iluminação, por exemplo. Rituais para dormir também ajudam nessa hora. Eliminar comportamentos que prejudicam o sono também é imprescindível, assim como adotar práticas de relaxamento, como yoga e meditação, e realizar atividades físicas constantemente.
Mudar o estilo de vida:
Para superar a ansiedade, o indivíduo necessita fazer algumas mudanças importantes no estilo de vida, começando com sua dieta, pois existe uma relação direta entre o que se come e o humor. Entre os alimentos a evitar estão o café, que atua como estimulante do sistema nervoso; comidas salgadas (fast food, por exemplo), pois o sal esgota o corpo de potássio, o que é crítico para o sistema nervoso funcionar corretamente; e bebidas alcóolicas, que atuam como um depressor natural e causam desidratação, que muitas vezes pode exacerbar a ansiedade de quem é propenso a sofrer com ataques de pânico.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico