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Pesquisa inédita revela subnotificação da insônia no Brasil

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insônia no Brasil

Pesquisa inédita revela a subnotificação da insônia no Brasil. Enquanto 31% da população apresenta sintomas, apenas 6% já receberam um diagnóstico conclusivo dessa doença ou distúrbios correlatos – incluindo ansiedade, apneia e depressão.

O levantamento é da SleepUp, startup que desenvolveu a primeira plataforma de terapia digital para distúrbios do sono da América Latina, com aprovação da Anvisa e que já está presente em cerca de 120 farmácias no país. Foram 1.876 entrevistados de todas as regiões do país.

A falta de um diagnóstico adequado dos casos de insônia no Brasil fica ainda mais evidente quando 11% relatam a ingestão frequente de medicamentos para dormir, sendo que os remédios mais mencionados são Clonazepam, Rivotril, Diazepam, Amitriptlina, Quetiapina e Alprazolam. Outros 16% recorrem a chás, produtos naturais ou suplementos.

“Outro dado relevante é que apenas 15% dos respondentes tiveram alguma prescrição medicamentosa, metade dos que convivem com o problema. Isso demonstra como o combate à insônia ainda exige um novo olhar e mais incentivo à adesão, acesso a um tratamento eficaz e acompanhamento por profissionais especializados”, acredita Renata Redondo Bonaldi, cofundadora da startup.

Insônia no Brasil segundo perfil do público

O levantamento também destacou resultados da insônia no Brasil de acordo com o perfil de público:

  • As mulheres têm cerca de duas vezes mais insônia moderada do que os homens
  • Os baby boomers (nascidos entre 1945 e 1964) têm cerca de 1,4 vezes mais insônia subclínica que os millenials
  • Os habitantes do Nordeste têm cerca de 2,5 vezes mais insônia grave do que os do Centro-oeste e Sudeste
  • Os que têm renda alta têm cerca de 1,7 vezes mais insônia subclínica e 3 vezes mais insônia grave do que os de renda baixa
  • Os que têm renda média têm cerca de 2,5 vezes mais insônia grave e 1,6 vezes mais insônia moderada do que os de renda baixa

“São dados compatíveis com outros estudos epidemiológicos sobre o distúrbio de sono, no qual as mulheres de meia idade são as mais afetadas por essa condição (52%). E claramente se percebe a associação da insônia a outras comorbidades de ordem psiquiátrica, entre as quais ansiedade e depressão”, avalia Dra. Ksdy Sousa, psicóloga técnica responsável da SleepUp.

O estudo foi realizado com o objetivo de se criar um questionário clínico para o diagnóstico de insônia no Brasil, intitulado Inventário de sintomas e consequências da insônia (ISCI). Esse levantamento leva em consideração aspectos da população brasileira e será usado na triagem de distúrbios do sono nas farmácias e estudos populacionais e epidemiológicos no Brasil.

“Era de extrema relevância que criássemos um questionário clínico brasileiro para a pré-triagem de insônia, a fim de se reduzir a subnotificação da doença no Brasil.”, ressalta Dr Gabriel Pires, diretor de pesquisa da SleepUp e especialista em estudos epidemiológicos do sono.

Terapia digital chega a farmácias

A SleepUp foi concebida por Renata e pela irmã Paula Redondo em 2020. Por meio de um aplicativo disponível para Android e iOS, a plataforma promove terapias comportamentais e cognitivas baseadas em protocolos clínicos da medicina do sono e da psicologia. A jornada terapêutica do paciente inclui atividades como o preenchimento de um diário do sono, anamneses, testes clínicos, recursos de meditação, relaxamento e telemedicina especializada em sono.

Desde setembro deste ano, a solução da startup passou a estar disponível em farmácias no interior de São Paulo e no Rio de Janeiro. “E já estamos implantando em outras redes de farmácias. O nosso objetivo é democratizar e dar acessibilidade ao pré-diagnóstico e tratamento de distúrbios do sono, por meio do canal farma. O questionário que desenvolvemos será fundamental para reduzir a subnotificação de insônia e democratizar a pré-triagem farmacêutica em todo o Brasil”, comenta Renata Redondo Bonaldi.

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

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