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Exigências da 1ª etapa atrasam escolha de voluntários para testes da ButanVac em humanos, diz pesquisador

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As exigências da primeira etapa do estudo clínico da ButanVac em humanos tem atrasado a escolha dos 418 voluntários para a fase dos testes no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (SP), afirma o pesquisador Rodrigo Calado, responsável pelo recrutamento das pessoas.

Segundo ele, por ser a fase mais rigorosa da pesquisa, são muitos pré-requisitos que precisam ser cumpridos. Calado afirma que mais de 9 mil pessoas se inscreveram para o estudo. No entanto, apenas 120 foram selecionados até o momento.

A ideia inicial, de acordo com o pesquisador, era concluir o recrutamento e a vacinação em sete dias. A nova previsão é que essa fase, agora, pode durar de dez a 14 dias.

‘Muitos voluntários ou já receberam vacina pelo próprio Programa Nacional de Imunização ou são pessoas que receberam vacina da gripe nos últimos 28 dias e não podem participar do estudo. O que nós vimos, também, é que algumas dessas pessoas já tiveram Covid e nessa fase não podem participar’, explicou.

‘Muitos voluntários ou já receberam vacina pelo próprio Programa Nacional de Imunização ou são pessoas que receberam vacina da gripe nos últimos 28 dias e não podem participar do estudo. O que nós vimos, também, é que algumas dessas pessoas já tiveram Covid e nessa fase não podem participar’, explicou.

Segurança imunológica

Para a etapa, o Butantan e o HC buscam voluntários com mais de 18 anos. As inscrições podem ser feitas no site do hospital.

O objetivo da fase em Ribeirão Preto é observar a eficácia imunológica da ButanVac, por isso são muitas as exigências.

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Caso algum item não seja atendido pelo voluntário, as respostas buscadas pelos pesquisadores podem ficar comprometidas.

‘Nós precisamos ter os voluntários sadios, que não tiveram contato com o vírus, para que esses parâmetros biológicos possam ser avaliados’, disse Calado.

‘Nós precisamos ter os voluntários sadios, que não tiveram contato com o vírus, para que esses parâmetros biológicos possam ser avaliados’, disse Calado.

Voluntário será vacinado

Nesta primeira fase, os voluntários serão divididos em dois grupos: um receberá a ButanVac e outro o placebo.

Quem tomar o placebo, após o encerramento dessa etapa de pesquisa, já tem as duas doses da vacina contra a Covid garantidas pelo Butantan e pelo HC. A aplicação será com uma das vacinas já aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil.

Caso, ao final da pesquisa, fique comprovada a ineficácia da ButanVac, os voluntários também serão vacinados contra o coronavírus, segundo Calado.

Como a vacina foi desenvolvida?

A ButanVac consiste na Proteína S desenvolvida dentro de ovos de galinha. Nos embriões em desenvolvimento, os pesquisadores inserem o vírus da “doença de New Castle”, encontrado em aves, mas inofensivo a humanos, geneticamente modificado para expressar a estrutura do coronavírus que se encaixa nas células humanas e as infecta.

Depois que o vírus se desenvolve no embrião, o ovo é inoculado e a porção que contém a Proteína S é extraída. Estima-se que cada ovo tenha material suficiente para produzir duas doses de vacina.

Pelos insumos de fácil acesso no Brasil, a ButanVac foi apresentada como uma opção viável de imunizante porque tem um custo considerado baixo em relação a outras vacinas contra a Covid-19, e que dispensa a importação de matéria-prima.

Além disso, tem uma base tecnológica já utilizada na vacina contra a gripe. Com isso, a ButanVac é uma aposta de produção em ampla escala, que pode não só atender o Brasil, mas outros países com dificuldades de acesso a imunizantes.

Fonte: G1

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