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Falta de verba obriga hospital reduzir serviço

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São Paulo – O Instituto do Câncer Doutor Arnaldo Vieira de Carvalho, com 88 anos de estudo e tratamento da doença em São Paulo, reclama da falta de repasse de verba municipal e federal ao hospital. O Instituto informou que foi obrigado a reduzir em 50% seus atendimentos.

Em reunião com a Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher na semana passada (21), o Instituto expôs sua situação. Em nota, o hospital informou que reduziu de 500 para 240 o número de cirurgias e de 260 para 130 o de internações. Além da redução no número de atendimentos, o hospital também desativou 25 leitos, demitiu funcionários e diminuiu a cota de medicamentos e materiais.

Segundo a direção administrativa do hospital, o Ministério da Saúde e a Secretária Municipal de Saúde foram informados da situação da entidade há meses, mas, até o momento, nenhum providência foi tomada. A Instituição informou que, desde janeiro do ano passado, os recursos recebidos não eram suficientes para cobrir seus gastos, uma vez que houve aumento no número de casos da doença atendidos pelo hospital, extrapolando a cota estabelecida no contrato, gerando uma dívida de R$ 5 milhões. Segundo o diretor administrativo da Instituição, Pascoal Marracini, além do pagamento previsto em contrato (R$ 4 milhões e 300 mil ao mês), o hospital também recebia verba por meio das emendas dos vereadores. “Este ano não recebemos nenhum recurso de origem parlamentar”, diz.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) esclarece que “os repasses ao Instituto estão de acordo com as prerrogativas contratuais e que ao menos 394 pacientes estavam agendados para serem atendidos no instituto. Aqueles agendados e não atendidos foram inseridos pelas unidades solicitantes no sistema Siga conforme vagas disponíveis nas demais unidades prestadoras do serviço em oncologia, no caso o AC Camargo Câncer Center, o Instituto Brasileiro de Controle de Câncer (IBCC) e o Hospital Beneficência Portuguesa.”

O membro da Comissão, Gilberto Nascimento (PSC), argumenta que, embora os casos estejam sendo redirecionados, não há garantias de que eles estejam sendo acompanhados. “A pessoa com câncer não precisa só da cirurgia, precisa de acompanhamento, é todo um processo, diz. Nascimento disse que a Comissão se comprometeu a contribuir com uma verba e que procura levar o caso ao Executivo.

Segundo Maracini, a esperança do hospital é a publicação de uma nova portaria pelo Ministério da Saúde que aumenta o valor contratual em R$ 1,7 milhões ao mês. “O valor já foi aprovado pelo Estado e Município, só estamos esperando o Ministério”, diz .

Luana Meneghetti

Fonte: DCI

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