Fique por dentro dos principais FATOS e TENDÊNCIAS que movimentam o setor

Farmacêutica brasileira quer captar R$ 500 milhões

Acompanhe as principais notícias do dia no nosso canal do Whatsapp

farmacêutica brasileira
Foto: Divulgação

A indústria farmacêutica brasileira está de olho em novos investimentos. Segundo informações do Valor Econômico, a Eurofarma planeja captar R$ 500 milhões em debêntures para reforçar o caixa.

A oferta destina-se a investidores profissionais e a expectativa é concluir o processo até o dia 26 de dezembro. Os títulos terão prazo de quatro anos e a remuneração será equivalente ao CDI, com acréscimo de 1,25% ao ano.

Farmacêutica brasileira aperta passo rumo ao Exterior

Embora a farmacêutica brasileira não revele para onde seriam dirigidos os novos recursos, seus recentes movimentos são bons sinalizadores. A operação de terceirização de medicamentos seria uma das prioridades. A divisão já exibe capacidade para produzir mais de 400 milhões de unidades por ano. A unidade de negócios vem ganhando relevância na agenda de internacionalização da indústria farmacêutica brasileira.

O foco principal está na América Latina, onde a farmacêutica conta com fábricas na Argentina, Chile, Colômbia, Peru e Guatemala. Esses complexos somam-se às três plantas baseadas em municípios de São Paulo, na capital, em Itapevi e Ribeirão Preto.

Atualmente, a divisão atua com 30 clientes, entre os quais as argentinas PharmaDorf, Raffo e Laboratório Elea; a chilena Alpes Laboratories, além de multinacionais como Sanofi, Bayer e Pfizer. Considerando a indústria farmacêutica nacional, a Eurofarma atende 16 grupos, entre os quais Cristália, Geolab e Hypera Pharma. Outras empresas já estão em fase de projeto.

“Um dos pontos positivos é que todas as nossas plantas fabris conversam entre si, tanto em relação às certificações como no atendimento ao cliente. Hoje consigo produzir tudo para um parceiro no Brasil ou também posso produzir na Colômbia, Chile ou Argentina, diminuindo o custo operacional”, acrescenta afirma Walker Lahmann, diretor executivo de Relações Institucionais e Novos Mercados da Eurofarma.

Além dos países da América Latina, a Eurofarma também mira clientes de outras regiões, principalmente após a conquista da certificação da fábrica de Itapevi (SP) pela Food and Drug Administration (FDA), agência que regula medicamentos e alimentos nos Estados Unidos.

“O aval da FDA nos permite exportar medicamentos não só para os Estados Unidos como também para uma série de países que aceitam a certificação norte-americana. É uma conquista bastante rara, o que mostra todo o potencial da nova unidade de terceirização”, explica Lahmann. Segundo o executivo, isso abre um leque muito grande de países da Europa, Ásia e África.

Farmacêutica brasileira também aposta em cannabis

A farmacêutica brasileira também mira atenções em um mercado promissor. A Eurofarma fechou parceria com a empresa canadense VerdeMed para comercializar cannabis medicinal no Brasil. No dia 6 de novembro a Anvisa publicou a autorização para a produção de quatro produtos com variações de 20mg a 200mg por ml, sendo classificados como “isolado”, o que significa que contêm apenas o canabidiol (CBD) em sua formulação. Eles estarão disponíveis a partir de 2024.

Pela parceria a VerdeMed vai fornecer quatro extratos de canabidiol (CBDs) isolados para tratamento de epilepsia refratária, com concentrações diferentes. A Eurofarma ainda aguarda o término dos trâmites de importação e primeiros testes de qualidade.

Notícias Relacionadas

plugins premium WordPress