Para somar a seu porfólio um medicamento promissor para asma, a farmacêutica britânica GSK desembolsará US$ 1,4 bilhão (R$ 6,8 bilhões) na compra da Aiolos Bio. As informações são do Valor Econômico.
No anúncio do negócio, feito na última terça-feira, dia 9, o laboratório justificou a aquisição afirmando que o remédio para asma, atualmente em testes intermediários, conta com um anticorpo monoclonal promissor para outras doenças respiratórias, como pólipos nasais e rinossinusite crônica.
O movimento já havia sido antecipado pela CEO da multinacional, Emma Walmsley. Recentemente, a executiva havia afirmado que estava no radar da farmacêutica atrair empresas com atuação em áreas como doenças infecciosas e câncer.
De acordo com a companhia, US$ 1 bilhão (R$ 4,8 bilhões) será pago adiantado e os US$ 400 milhões (R$ 1,9 bilhão) restantes serão liquidados em possíveis marcos regulatórios.
Como a Jiangsu Hengrui Pharmaceuticals licenciou o principal medicamento da Aiolos, o AIO-001, caberá também à britânica arcar com os pagamentos de royalties escalonados aos chineses.
Farmacêutica britânica vive bom momento
Além de se manter de olho no mercado, a GSK também tem destinado sua atenção para projetos internos, como a vacina para um vírus respiratório comum. E a aposta tem dado retorno.
Em novembro, a farmacêutica revisou pela segunda vez suas previsões de lucros e vendas, reforçando o bom momento vivido pelo laboratório.
Só que existem também as pedras no caminho. A busca por expansão de pipeline e desenvolvimento de novos fármacos é uma resposta a perda de exclusividade de outros, que se avizinha.
GSK dá as caras dentre os maiores faturamentos do setor
Com pipeline vitaminado ou não, a GSK já é uma das maiores farmacêuticas do mundo, pelo menos quando o assunto é faturamento.
A Proclinical realizou um ranking sobre o tema e, mesmo com o arrefecimento da Covid-19, laboratórios que trabalharam com vacinas e medicamentos para a doença seguem protagonistas no setor.
Com um faturamento de US$ 36,15 bilhões (R$ 176,7 bilhões), a multinacional foi uma das que mais apresentaram crescimento no período, chegando a casa de dois dígitos (11%).