Farmacêutico é a 2ª profissão que mais gera empregos

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Farmacêutico é a 2ª profissão que mais gera empregos

O farmacêutico confirma mais uma vez seu protagonismo no mercado de trabalho, sendo a segunda profissão que mais gerou empregos formais no Brasil nos últimos 12 meses até abril. A demanda só é inferior à dos enfermeiros.

As estimativas têm como base o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O relatório aponta a contratação de cerca de 49 mil farmacêuticos com registro em carteira de trabalho, contra 31,3 mil do mesmo período anterior. O saldo entre novos empregos e demissões é superior a 8,2 mil.

Na análise por região, o Sudeste lidera o volume de contratações, bem acima de Nordeste e Sul. Cinco estados totalizaram 53% da geração de empregos em 2022 – São Paulo (20%), Minas Gerais (12%), Rio Grande do Sul (8%), Rio de Janeiro (7%) e Paraná (6%).

 

Farmacêutico ganha relevância com novas resoluções

O farmacêutico era a quarta carreira com maior contingente de novos empregos antes da pandemia. A Covid-19 ajudou a acelerar o interesse por esses profissionais, mas especialistas entendem que a demanda por mão de obra no setor não está somente atrelada ao coronavírus. Como exemplo, a Resolução 720, ao regulamentar os padrões para implementar consultórios farmacêuticos independentes da loja, estimulou novos recrutamentos.

A atualização da resolução que viabiliza a oferta de testes laboratoriais, aprovada pela Anvisa e que entra em vigor em agosto, também promete aquecer a procura por profissionais da categoria.

“Para completar, temos a Resolução 727 que regula a atividade de telefarmácia. Essa inovação ajuda a aproximar o farmacêutico do paciente e pode significar um diferencial competitivo na carreira”, ressalta o consultor farmacêutico Tiago Bocalon.

Farmacêutico também vê melhora na remuneração

E no que depender do início de 2023, a profissão de farmacêutico deve permanecer em alta. Atualmente, 639 empregos para farmacêuticos estão disponíveis na plataforma da InfoJobs, que mantém parceria com o Panorama Farmacêutico na divulgação de um banco de vagas setorial.

O número ainda é inferior às 1.362 oportunidades abertas em dezembro, mas o patamar salarial revela uma evolução. No fim do ano, 43% das oportunidades de trabalho propunham remuneração abaixo de R$ 2 mil. Agora esse percentual caiu para 36%. O advento dos serviços clínicos, incluindo a aplicação de mais de 20 milhões de testes rápidos da Covid-19, contribuiu para impulsionar o saldo positivo de empregos nas farmácias.

Número e perfil de farmacêuticos no Brasil

Os indicadores mais atualizados sobre número de farmacêuticos em atuação no Brasil são de 2021. De acordo com o CFF, mais de 234 mil profissionais estão inscritos nos conselhos regionais.

Já a última radiografia sobre o perfil desses farmacêuticos remonta a 2015. Em torno de dois terços são mulheres (67%) e graduados em instituições particulares (68%). Oito em cada dez (81,1%) declaram trabalhar em alguma farmácia. Distribuidoras de medicamentos (3,5%) e indústria farmacêutica (3,2%). Os outros 12,2% estão distribuídos em universidades, vigilâncias sanitárias ou em cargos administrativos na esfera pública ou privada.

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